A coragem, assim como a covardia, é contagiante. Que alívio perceber que ainda existe vida no Ministério Público. A decisão de Manoel Pastana de denunciar o casal Gurgel X Claudia Sampaio ao Conselho Nacional do Ministério Público nos faz sonhar com um Brasil em que ninguém está acima da lei.
A regra vale sobretudo para a burocracia sem voto. Os podres da classe política são conhecidos, mas esta a gente tem a chance de trocar a cada dois anos. Promotores corruptos, porém, são uma praga bem mais difícil de extirpar. O ex-senador Demóstenes Torres continuou trabalhando como promotor por mais de um ano, mesmo com todas as provas gravadas, documentadas, contra si. Aliás, não podemos jamais nos esquecer de Demóstenes Torres, figura central para se entender a política brasileira nos últimos de anos.
Nota no Painel da Folha hoje:
Fogo… O procurador-regional da República Manoel Pastana entrou com representação em 22 de julho no Conselho Nacional do Ministério Público contra integrantes da cúpula do MPF: Roberto Gurgel, a subprocuradora Claudia Sampaio e o corregedor-geral, Eugênio Aragão.
… interno No documento, encaminhado também a Dilma Rousseff, Joaquim Barbosa e Renan Calheiros, Pastana aponta “graves ocorrências” contra o trio e cita a Operação Monte Carlo, da PF. “Há fortíssimos indícios de que o PGR faltou com a verdade ao afirmar que reteve o mencionado inquérito por razões de estratégia”, diz.
Gurgel serviu aos mesmos propósitos de Demóstenes Torres. Ficou ao lado da Veja e da oposição em todos os embates. Aliás, a acusação de Pestana é justamente essa: ao sentar-se sobre a Operação Monte Carlo (o que obrigou a PF a reiniciar quase do zero as investigações), Gurgel protegeu a quem? Demóstenes Torres. A proteção ajudou o bando de Cachoeira e Demóstenes a eleger seus representantes políticos e se infiltrar em postos no governo.
Será que o “gigante” está começando a voltar seus olhos injetados de sangue também para os podres do Ministério Público?
Por: Miguel do Rosário
TIJOLAÇO

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