O Judiciário brasileiro é um espanto.
Depois do juiz da carteirada, agora surge a desembargadora da árvore genealógica.
Justamente a Excelentíssima Doutora Elizabeth Carvalho, presidenta do TRE de Alagoas, aquela que despiu a toga e foi às redes sociais se dizer decepcionada com “as pessoas esclarecidas” que “esqueceram de si mesmas e dos seus filhos e dos seus irmãos” e votaram em Dilma Rousseff.
A ínclita magistrada, fico sabendo pelo Twitter, não esquece de si mesma, dos seus filhos, dos seus irmãos e nem dos cunhados e primos .
Em 2006, quando finalmente o Judiciário proibiu o nepotismo, a Doutora Elizabeth lamentou pelos DEZ parentes que empregava no Tribunal de Justiça das Alagoas.
“”Eu tenho dez pessoas nessa situação. Então vou tirar pessoas da minha família, que são pessoas da minha confiança e colocarei pessoas amigas, mas que sejam dignas e honestas porque, evidentemente, que inimigo é que eu não vou colocar”, disse ela a Globo.com, àquela altura.
Eu, francamente, não estou decepcionado, não sei porque…
A “divindade” judicial, como foi evidente na condenação da agente que foi condenada por dizer que um deles “não era Deus” ao ser parado numa blitz, parece ser um fenômeno se não generalizado, ao menos bem frequente.
O exemplo, infelizmente, veio de cima.
Em lugar do magistrado austero, silencioso e recatado, desde a atuação de figuras como Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa no Supremo, grosseria, espalhafato e prepotência passaram a ser glorificados como sinais de poder para os juízes pela mídia.
Em lugar de reputações sólidas, contruídas com trajetórias de coerência, discrição e saber jurídico, há muitos procurando seus quinze minutos de fama.
Talvez porque não tenham aprendido, apesar dos latinismos que usam, o que é “sic transit gloria mundi”.
TIJOLAÇO

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