Foram suas palavras: “A possibilidade, por exemplo, de uma mulher, uma ‘conje’, seja morta pelo seu ‘conje’ …”.
Em seguida, Moro deu mais uma grave escorregadela. Disse “vim” no lugar de “vier”: “Se a mulher, reagindo eventualmente, cometer algum excesso e não ‘vim’ a ser condenada como uma homicida por conta…”.
Não satisfeito, Sergio Moro ainda repetiu o mesmo erro cometido por Iolene Lima, ex-secretária de Educação Básica do bolsonarismo: emprega “sobre” em vez de sob.
Nem sendo muito generosos poderíamos considerar que o primeiro caso — a pronúncia de “conje” no lugar de “cônjuge” — tratou-se apenas de um problema de dicção. Os equívocos nos outros dois episódios são ainda mais notórios.
As frases de Moro caíram como raio nas redes sociais e viralizaram. Apoiadores do ministro de Bolsonaro afirmaram que ele estaria sofrendo ‘preconceito linguístico’ por ter falado ‘Conje’.
Uma internauta reagiu: “Não cometo preconceito linguístico com seu Ronaldo, produtor rural, que não teve acesso à educação de qualidade. Mas com Sergio Moro, que é juiz, você vai me desculpando. Não vou aliviar, não”.

VÍDEO:



Fragilidade intelectual
É quase consenso entre juristas que Sergio Moro é limitado intelectualmente. O marketing da Lava Jato, com a colaboração de alguns adoradores de mitos da imprensa, construiu a imagem de um Moro culto e implacável.
No entanto, quando deixado a nu, sem o aparato truculento que se desenvolveu à sua volta sob o pretexto de combater a corrupção, o que se vê é o jurista na sua crueza: no vocabulário, nos dons do pensamento, na gramática.
Para o ex-senador Roberto Requião, a dificuldade de dicção de Moro para dizer corretamente “cônjuge” pode ser resolvida com um fonoaudiólogo. “Seus defeitos são outros!”, sapecou. “Os maiores defeitos de Moro são de ordem moral e de caráter”, completou.
Pragmatismo Político

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