Eu não vejo Jornal da Globo faz tempo. A última vez que vi foi quando entrevistaram Dilma nas eleições. Antes disso eu já nem me lembro. O jornal da Globo e o Bom dia Brasil conseguem ser piores que o Jornal Nacional no sentido de manipular fatos segundo os interesses das redações. Sendo assim, só fiquei sabendo dos comentários do Jabor no Jornal da Globo de hoje pela repercussão no twitter, onde ele foi literalmente detonado nos TTs.
Nunca gostei dos filmes de Arnaldo Jabor, mas para fazer justiça eu tenho que admitir que o seu trabalho já foi bastante respeitado no meio do cinema nacional, no entanto, o seu último filme, A Suprema Felicidade, foi um fracasso de público e de crítica. Ficar com a bunda sentada na cadeira destilando ódio, inveja e preconceito no ar, quase que diariamente pode ter enferrujado o cineasta.
Os comentários de Jabor em relação ao presidente Lula, como vem acontecendo nos últimos anos, foram recheados de deboches, ironias e palavras agressivas. A crítica ao presidente da república é um exercício da democracia, o desrespeito não. Disposto a agradar aqueles 4% de intolerantes que vivem no nosso país e que provavelmente é a maior parte da audiência daquele jornal, o jornalista decadente se refere a Lula como se fosse um estorvo que o país vai adorar se livrar, ignorando desonestamente os recordes de popularidade que o presidente conseguiu.
Jabor tenta ser engraçado o tempo todo, mesmo que suas piadinhas sejam absolutamente previsíveis e repetitivas. Procura sorrir e rir para provar que ele é tão engraçado que consegue achar graça de si mesmo, mas as feições contorcidas revelam o seu verdadeiro estado de espírito: carregado de ressentimento e frustração.
Arnaldo Jabor é o legítimo representante de uma elite carcomida, porém cheirosa, que perdeu status de formadores de opinião e o privilégio de ter prioridades das ações do governo, nos últimos oito anos de Lula.
Essa elite raivosa e ressentida acabou de perder a terceira eleição presidencial consecutiva e a perspectiva de vitórias nas próximas. Não imagino o que deve mais frustrante para essas pessoas: aceitar a derrota nas urnas ou tomar consciência que suas opiniões não convencem mais um contingente expressivo de pessoas. A perda de poder e relevância corroem o ego daqueles que um dia já se acharam importantes.
Ele quer ser o novo Paulo Francis. Faltam só duas coisinhas: cultura e inteligência.
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