O repórter Chico Otávio, do jornal “O Globo”, fez uma reportagem recente sobre o atentado ao Riocentro de 1981, mas se “esqueceu” de procurar informações nas fontes “prata da casa”.
Ele poderia procurar ali mesmo, nos corredores do jornalismo da própria Organização Globo, uma informação que está estampada no site da TV:
Quem foram os militares que ocuparam a redação da emissora e “não deixaram” que quase nada fosse exibido sobre o assunto?

Se a Globo se apresenta como suposta “vítima da censura dos militares do SNI” (Serviço Nacional de Informações, envolvido no atentado), então por que não dá o nome dos “algozes” ao distinto público?
A partir do momento em que a ditadura acabou, qualquer boa empresa jornalística correria para abrir seus próprios arquivos que foram submetidos à censura.
Quando a TV guarda segredo dos nomes e fatos, induz à conclusão óbvia de que, em vez vítima, houve a cumplicidade de quem fez um pacto de “lei do silêncio”, sabe-se lá a troco de quê.

19 meses depois, Globo e SNI protagonizam o escândalo Proconsult

Outro fato demonstra que as relações da Globo com o SNI eram bem mais amistosas do que ela quer admitir.
Na apuração das eleições de novembro de 1982, a Globo divulgava os números da apuração repassados da totalização fraudada pela PROCONSULT (empresa de processamento de dados composta por agentes que serviam ao SNI).
O sistema de computadores estava programado para fraudar a vitória de Leonel Brizola, através de um chamado “fator delta”.
No esquema, a Globo apareceu no papel de quem divulgou dos números fraudados, e daria credibilidade ao resultado perante a opinião pública. A esquema deu errado devido à apuração paralela com base na fiscalização dos boletins de urna, feita pelo partido de Brizola.
A fraude tornava-se pública com a divulgação pela Rádio Jornal Brasil da apuração paralela.
Mesmo quando a fraude já era evidente e pública, a Globo continuou, por um bom tempo, divulgando os números fraudados, do SNI, quer dizer, da Proconsult.

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