O ex-ativista italiano Cesare Battisti deixou o presídio da Papuda, em Brasília, por volta da 0h10 desta quinta-feira, 9, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder sua liberdade nesta quarta-feira. Battisti deixou o complexo penitenciário acompanhado do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh e não concedeu entrevistas.
De acordo com o advogado de defesa Luis Roberto Barroso, o italiano afirmou que está feliz e satisfeito com a decisão da Justiça brasileira e que soube de sua soltura antes mesmo de conversar com os advogados, visto que ouvia o julgamento na rádio da cadeia. Barroso não informou onde o ex-ativista vai passar a noite.
Decisão do STF
Na noite desta quarta-feira, 8, os ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram, por maioria, que a Itália não tem competência para ingressar no STF com uma reclamação contra a decisão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que mesmo após a autorização da extradição, concedida pelo Supremo em novembro de 2009, optou por não enviar o ex-ativista italiano a seu país natal.
Os ministros avaliaram o pedido da defesa de Battisti, que desejava a liberação imediata de seu cliente. A maioria foi favorável à soltura. A defesa do ex-ativista agora terá requerer ao ministério da Justiça um visto de permanência para o italiano, que está em situação irregular no Brasil.
Caso
Battisti está preso desde 2007. Ele foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos que ocorreram no final dos anos 1970, quando ele era integrante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Em 2009, o STF autorizou a extradição do ex-ativista, conforme pedido do governo italiano. No último dia de seu mandato, Lula seguiu o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) e manteve Battisti no Brasil.
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