O romance de George Orwell sobre um futuro distópico, 1984 é publicado em 6 de junho de 1949. O protagonista, que tudo controla, conhecido como Big Brother (Grande Irmão), tornou-se o símbolo universal de governos invasivos e de burocracias opressoras.

Uma das capas da obra de Orwell 

A transformação da realidade é o tema principal de 1984. Disfarçada de democracia, a 'Oceania' vive um totalitarismo desde que o IngSoc (o Partido) chegou ao poder sob a batuta do onipresente Grande Irmão.


Narrado em terceira pessoa, o livro conta a história de Winston Smith, membro do partido externo, funcionário do Ministério da Verdade. A função de Winston é reescrever e alterar dados de acordo com o interesse do Partido. Ele questiona a opressão que o Partido exerce sobre os cidadãos. Se alguém pensasse diferente, cometia crimidéia - crime de ideia em novilíngua - e fatalmente seria capturado pela Polícia do Pensamento e era vaporizado, desaparecia.

O livro não se resume apenas em criticar os regimes totalitários, mas toda a nivelação da sociedade, a redução do indivíduo em peça para servir ao estado ou ao mercado através do controle total, incluindo o pensamento e a redução do idioma. Winstom Smith representa o cidadão-comum vigiado pelas teletelas e pelas diretrizes do Partido.

A obra foi escrita em 1948 e seu título invertido para 1984 por pressão dos editores. A intenção de Orwell era descrever um futuro baseado nos absurdos do presente.

George Orwell era o pseudônimo de Eric Arthur Blair, nascido na Índia. Filho de um funcionário civil britânico, frequentou a escola em Londres e ganhou uma bolsa de estudos da escola primária Eton, onde a maioria dos estudantes provinha da classe alta, ao contrário de Orwell. Em vez de mais tarde ingressar no colégio como a maior parte de seus colegas de classe, alistou-se na Polícia Imperial Indiana e foi trabalhar na Birmânia em 1922. Durante os cinco anos de permanência naquele país, ao ver a miséria disseminada, desenvolveu um rígido sentimento de classe. Finalmente, em 1927, estando de ferias na Inglaterra, resolveu não mais voltar à Birmânia.

Wikipedia


Foto de Orwell em seu crachá de jornalista  
Orwell escolheu se meter de cheio na vida cotidiana da pobreza urbana. Viajou a Paris onde trabalhou em funções servis. Mais tarde retornou à Inglaterra, vivendo certo tempo como morador de rua. Escreveu Na pior em Paris e Londres em 1933, baseado em suas observações das classes mais pobres. Em 1937 escreveu A caminho de Wigan em que documenta a vida dos desempregados do norte da Inglaterra. Entrementes, publicara seu primeiro romance, Dias na Birmânia, em 1934.
 
Orwell foi ganhando crescentemente visão de homem de esquerda embora jamais tivesse se comprometido com algum partido político em especial. Foi para a Espanha durante a Guerra Civil Espanhola para lutar ao lado dos republicanos, porém fugiu de lá quando os comunistas assumiram o comando no campo da esquerda. Sua fábula A revolução dos bichos (1945), mostra como os nobres ideais de sociedades igualitárias podem ser facilmente distorcidos. A crença de Orwell no socialismo democrático havia sido abalada pelo socialismo real. É desse livro a expressão “são todos iguais, mas um é mais igual que o outro’. A obra trouxe-lhe o primeiro gosto de sucesso de crítica e financeiro.
 
Último romance de Orwell, 1984 granjeou-lhe fama duradoura com a visão sombria de um futuro, em que todos os cidadãos seriam constantemente observados e a linguagem e o duplipensar modificado para ajudar na opressão. Orwell morreu de tuberculose em 1950. 

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