do PUBLICO.PT
Os activistas espanhóis adicionaram um novo cântico ao seu repertório: “Para Bruxelas!”. O grupo, conhecido como “indignados”, vai iniciar uma longa marcha que parte de Madrid em direcção ao coração da Europa.
Manifestação dos "indignados" em Madrid no domingo passado
Manifestação dos "indignados" em Madrid no domingo passado
 (Susana Vera/Reuters)
O grupo está a protestar contra o que considera ser uma cedência dos governos aos mercados financeiros, ignorando as necessidades das pessoas prejudicadas pela crise económica.


Durante a viagem para norte, os manifestantes planeiam organizar encontros e recolher queixas e propostas. Desde que o movimento começou em Madrid, há dois meses atrás, grupos semelhantes têm vindo a surgir e a crescer por toda a Europa.

“Vamos dar às pessoas informação sobre o nosso movimento. Queremos que se juntem a nós”, disse Enrique Gash, 32 anos, que caminhou desde Barcelona até Madrid para participar numa manifestação no domingo passado. “Vamos continuar, vamos ser ainda mais fortes. Estamos a ir para a Europa porque os problemas que enfrentamos são globais. Também existem em Paris, em Montpellier, em Bruxelas”, acrescentou Gash.

Os cerca de 50 protestantes têm pela frente1500 quilómetros e três países para percorrer a pé.
“De norte a sul, de este a oeste, a luta continua seja a que custo for”, cantavam os protestantes. Esperam caminhar em média 24 quilómetros por dia e chegar a Bruxelas dia 8 de Outubro, depois de passarem pela França.

O objectivo do grupo é reunir todos os europeus indignados pelo rumo que a crise económica está a seguir, com os cortes nos gastos, o desemprego e as privatizações, enquanto os responsáveis pela recessão permanecem “intocáveis”, e organizar um comício em massa para Outubro.

“Para Bruxelas por um mundo mais humano” e “Gente da Europa revoltem-se”, são algumas das frases escritas nos cartazes empunhados pelos manifestantes.

A taxa de desemprego espanhola é a mais alta da União Europeia, atingindo os 21,3%. Para os menores de 25 anos aumentou para os 44,6 por cento.

O movimento dos “indignados” nasceu em Madrid a 15 de Maio quando manifestantes acamparam na praça da capital espanhola Puerta del Sol durante semanas, e expandiu-se para outras cidades espanholas, com a difusão da notícia sobre a manifestação através das redes sociais como o Facebook e o Twitter.

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