PLANO BRASIL

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Um pesquisador decidiu encontrar um meio radical -antes existente apenas na ficção científica- para diminuir a violência e os acidentes domésticos: um revólver que só dispara quando reconhece o microchip implantado na mão de seu dono.


O sistema funciona por meio de detecção por rádio. É o mesmo sistema usado, entre outras coisas, para reconhecer os cartões do metrô.


“É um método muito eficiente e, além disso, um dos mais seguros do mundo”, afirma Mário Gazziro, professor da USP de São Carlos e criador do projeto, batizado de “arma inteligente”.

De acordo com ele, o revólver equipado com o sistema de detecção é capaz de disparar em velocidade semelhante a dos “comuns”, o que permitiria, por exemplo, que fosse usado normalmente pela Polícia ou pelo Exército.


Fã de “paint ball”, Gazziro uniu sua experiência nas partidas com uma ideia saída do filme “Distrito 9″. No longa, as armas dos alienígenas não funcionam nas mãos dos humanos.


“Muitas vezes, as armas roubadas de quem tem porte ou mesmo de policiais são usadas contra seus donos em assaltos. Além disso, há cada vez mais acidentes com jovens que encontram as armas dos pais em casa. O sistema de identificação evitaria que isso acontecesse.”


Para adaptar o conceito do filme à realidade, ele usou um microchip comum e já amplamente empregado nos Estados Unidos.


O dispositivo, pouco maior que um grão de arroz, tem um número único de identificação por radiofrequência. É por meio dele que o leitor na arma reconhece o dono.


“O procedimento para implantar o microchip é rápido e praticamente não há inconvenientes”, diz o cientista.


E ele sabe o que está falando. Além de criador, Gazziro foi também a primeira cobaia de seu sistema.


IMPLANTE


Há um ano, ele se submeteu a uma microcirurgia com anestesia local -similar à usada para inserir implantes hormonais contraceptivos. O microchip foi colocado pouco abaixo do dedo mínimo.


O local é estratégico: tem um bom ângulo para o sistema de detecção da arma e também é uma área com alta concentração de gordura e poucos vasos sanguíneos.


RISCOS


Para ser usado no Brasil, o sistema de microchip precisa, primeiro, ser liberado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o que não tem previsão para acontecer. Nos EUA, o chip foi aprovado pelo FDA (órgão americano que regula alimentos e remédios) em 2004.


Como qualquer dispositivo eletrônico, o mecanismo está sujeito a fraudes. Mas a possibilidade de alguém clonar a identificação -a exemplo do que acontece com cartões de crédito- é remota.


“É possível, mas é realmente complicado e exige conhecimentos técnicos avançados. Um criminoso comum não teria esse tipo de habilidade”, avalia Gazziro.

Fonte: Folha

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