do BBC Brasil

O partido moderado islâmico diz que respeitará os direitos de cidadãos não religisosos
O partido islâmico moderado Ennahda venceu as primeiras eleições democráticas do país após os protestos da Primavera Árabe, segundo oficiais.
Os resultados finais da eleição do último domingo confirmaram que o partido conseguiu mais de 41% dos votos e assegurou pelo menos 90 cadeiras no parlamento, que tem 217 membros.
O Ennahda já afirmou que quer formar um novo governo dentro de um mês.
No entanto, manifestantes foram às ruas na cidade tunisiana de Sidi Bouzid, após o anúncio dos resultados da eleição.
Testemunhas dizem que a polícia usou gás lacrimogênio para dispersar centenas de manifestantes que protestavam contra a decisão da comissão eleitoral da Tunísia de anular as vitórias do partido da Lista Popular, que conseguiu seis cadeiras no parlamento.
O partido, liderado por um empresário, é acusado de "irregularidades" no financiamento da campanha.
Sidi Bouzi, no centro do país, é onde teve início a revolução que levou à queda do presidente Zine el Abidine Ben Ali, em janeiro. Os protestos começaram depois que um jovem desempregado ateou fogo em si mesmo na cidade.
Garantias
O diretor da comissão eleitoral da Tunísia, Kamel Jandoubi, apresentou os resultados da eleição em uma coletiva de imprensa na noite desta quinta-feira.
Jandoubi disse que o Congresso pela República (CPR, na sigla em inglês), o maior partido secularista do país, ficou em segundo lugar, com quase 14% dos votos e 30 cadeiras no parlamento.
O partido de esquerda Ettakatol ficou em terceiro, com quase 10% e 21 lugares no parlamento.
O Ennahda, que foi posto na ilegalidade durante o regime de Ben Ali, disse que tem como modelo o partido AK da Turquia, outro estado de maioria muçulmana que se manteve como um estado secularista.
O líder do partido, Rachid Ghannouchi, afirmou que os direitos de todos os tunisianos seriam protegidos pelas novas autoridades.
"Nós continuaremos esta revolução para realizar seus objetivos de uma Tunísia que seja livre, independente, em desenvolvimento e próspera, em que os direitos de Deus, do Profeta (Maomé), de homens, mulheres, dos religiosos e dos não religiosos sejam assegurados, porque a Tunísia é para todos", disse Ghannouchi à agência de notícias Reuters.

O partido tenta assegurar aos investidores que não prejudicará o turismo no país
O Ennahda tentou tranquilizar secularistas e investidores do país, nervosos com a perspectiva de que islâmicos comandem um dos estados mais liberais do mundo árabe, afirmando que não irão proibir o álcool, impedir que turistas usem biquínis nas praias, nem impor o sistema bancário islâmico.
O turismo é a principal fonte de recursos da Tunísia.
Mas segundo a correspondente da BBC no país, Chloe Arnold, a vitória do partido está causando preocupações em algumas partes da Tunísia, que temem que o partido acabe mudando suas posições.
O Ennahda já nomeou seu secretário-geral, Hamadi Jebali, como o próximo primeiro-ministro e já deu início a conversas sobre uma coalisão com o CPR e o Ettakatol.
Jebali, de 62 anos, é formado em engenharia e trabalhou como jornalista. Ele é co-fundador do partido.
O partido moderado islâmico diz que respeitará os direitos de cidadãos não religisosos
O partido islâmico moderado Ennahda venceu as primeiras eleições democráticas do país após os protestos da Primavera Árabe, segundo oficiais.
Os resultados finais da eleição do último domingo confirmaram que o partido conseguiu mais de 41% dos votos e assegurou pelo menos 90 cadeiras no parlamento, que tem 217 membros.
O Ennahda já afirmou que quer formar um novo governo dentro de um mês.
No entanto, manifestantes foram às ruas na cidade tunisiana de Sidi Bouzid, após o anúncio dos resultados da eleição.
Testemunhas dizem que a polícia usou gás lacrimogênio para dispersar centenas de manifestantes que protestavam contra a decisão da comissão eleitoral da Tunísia de anular as vitórias do partido da Lista Popular, que conseguiu seis cadeiras no parlamento.
O partido, liderado por um empresário, é acusado de "irregularidades" no financiamento da campanha.
Sidi Bouzi, no centro do país, é onde teve início a revolução que levou à queda do presidente Zine el Abidine Ben Ali, em janeiro. Os protestos começaram depois que um jovem desempregado ateou fogo em si mesmo na cidade.
Garantias
O diretor da comissão eleitoral da Tunísia, Kamel Jandoubi, apresentou os resultados da eleição em uma coletiva de imprensa na noite desta quinta-feira.
Jandoubi disse que o Congresso pela República (CPR, na sigla em inglês), o maior partido secularista do país, ficou em segundo lugar, com quase 14% dos votos e 30 cadeiras no parlamento.
O partido de esquerda Ettakatol ficou em terceiro, com quase 10% e 21 lugares no parlamento.
O Ennahda, que foi posto na ilegalidade durante o regime de Ben Ali, disse que tem como modelo o partido AK da Turquia, outro estado de maioria muçulmana que se manteve como um estado secularista.
O líder do partido, Rachid Ghannouchi, afirmou que os direitos de todos os tunisianos seriam protegidos pelas novas autoridades.
"Nós continuaremos esta revolução para realizar seus objetivos de uma Tunísia que seja livre, independente, em desenvolvimento e próspera, em que os direitos de Deus, do Profeta (Maomé), de homens, mulheres, dos religiosos e dos não religiosos sejam assegurados, porque a Tunísia é para todos", disse Ghannouchi à agência de notícias Reuters.
O partido tenta assegurar aos investidores que não prejudicará o turismo no país
O Ennahda tentou tranquilizar secularistas e investidores do país, nervosos com a perspectiva de que islâmicos comandem um dos estados mais liberais do mundo árabe, afirmando que não irão proibir o álcool, impedir que turistas usem biquínis nas praias, nem impor o sistema bancário islâmico.
O turismo é a principal fonte de recursos da Tunísia.
Mas segundo a correspondente da BBC no país, Chloe Arnold, a vitória do partido está causando preocupações em algumas partes da Tunísia, que temem que o partido acabe mudando suas posições.
O Ennahda já nomeou seu secretário-geral, Hamadi Jebali, como o próximo primeiro-ministro e já deu início a conversas sobre uma coalisão com o CPR e o Ettakatol.
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