do Paraná-Online
Até que enfim, o vereador João Claudio Derosso se afastou da presidência da Câmara Municipal de Curitiba. Ainda que seja por um período curto de 90 dias, a medida constitui uma pequena satisfação à opinião pública. É bem verdade que ele só pediu para sair por conta da pressão que sofreu do Ministério Público. O curioso desse processo é que, em meio às questões do Legislativo, ele criou um fato estranho: Derosso licenciou-se do PSDB. A artimanha é uma excrescência jurídica, uma vez que a tal "licença" não está prevista na legislação. Em outros termos: ou o cidadão é filiado ou não. Nesse sentido, é correto afirmar que o parlamentar só não agiu corretamente, de deixar a legenda, porque isso inviabilizaria a sua candidatura à reeleição. Esse "afastamento partidário", ademais, e em verdade, deu-se para evitar que as denúncias que o fragilizam viessem a contaminar o ninho tucano e seus filiados, o que ocasionaria graves prejuízos para o pleito de 2012. Certamente Derosso foi coagido pela direção partidária, em especial pelo governador Beto Richa. O João Claudio se desgastou tanto que seu companheiros querem vê-lo bem distante.
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