do BRASIL247
Foto: Divulgação
Herdeiro da genuína cultura brasileira, figura central do movimento Manguebeat faleceu há exatos quinze anos; relembre em vídeos
Lucas Reginato _247 - Chico Science trabalhou com a música durante sua curta carreira interrompida, no dia 2 de fevereiro de 1997, por um acidente de carro no Recife, terra onde nasceu e lugar que imortalizou em suas canções assim como fizeram outros poetas pernambucanos como Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto. Se trabalhou com melodias e letras, a experimentação artística de Science extrapolou qualquer limite fonográfico e se tornou um monumento na história cultural brasileira com o movimento Manguebeat.
Talvez principal herdeiro da antropofagia de Oswald de Andrade desde o movimento tropicalista do fim dos anos 60, Science cantou letras que falavam do local e do universal ao mesmo tempo. Os tambores da Nação Zumbi, da mesma forma, dialogavam com as guitarras elétricas: a alquimia recifense sujou o rock´n´roll com a batida do maracatu – ou o contrário.
É bem verdade que o movimento Manguebeat foi mais do que um homem só. Mas a figura carismática e criativa de Chico Science, e mesmo sua morte, fizeram dele o grande expoente daquela época. “Da Lama ao Caos” e “Afrociberderlia” dificilmente não estarão em qualquer lista de melhores álbuns brasileiros, e reúnem uma seleção de clássicos modernos inevitáveis em qualquer repertório genuinamente brasileiro.
Diversos artistas gravaram canções de Chico Science mais recentemente – de Cássia Eller à Sepultura, em uma variedade que em si só já explica um pouco a abrangência artística do Manguebeat. A obra deixada durante seus 30 anos de vida aparenta nunca ficar desatualizada, pelo contrário – “Afrociberdelia” soaria incrivelmente revolucionário se lançado hoje, quinze anos após a morte de seu criador.

Postar um comentário
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;