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Pesquisas dão conta de que o livro de papel ainda é a forma de leitura preferida dos brasileiros. Mas já são 9,5 milhões de leitores digitais no Brasil, 22% deles estão no Nordeste
Uma das discussões que mais perambulam na sociedade moderna é: o livro vai ou não acabar? Para os autores, editores e livreiros entrevistados, o livro digital é tendência, ainda que não tenha deslanchado no País, mas o livro impresso não vai se extinguir. Vai ser, no máximo, um “artigo raro”, segundo eles. Mas é de olho nessa tendência que as livrarias e as editoras já têm oferecido o conteúdo digital.
De acordo com a 3ª edição da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, o Brasil tem 9,5 milhões de leitores digitais, sendo que 22% deles estão concentrados no Nordeste. “Hoje, a região é a segunda maior do País, perdendo apenas para o Sudeste, o que mostra o interesse em conhecer as novas tecnologias”, afirma, em nota, a presidente do Instituto Pró-Livro, Karine Pansa.
Ainda que de forma quantitativa o número de leitores digitais seja considerável, o total representa só 5% da massa de 88 milhões de leitores do Brasil, segundo a pesquisa. Para o proprietário da Livraria Acadêmica, há 25 anos no mercado de Fortaleza, Luciano Gomes, o comprador de livro quer ter a propriedade do livro. “Ele quer pegar, cheirar, marcar, formar a biblioteca dele e até deixar para outras gerações”, argumenta Gomes.
A escritora e professora Tércia Montenegro também acredita que têm sido os leitores os condutores nessa manutenção do livro impresso como grande gerador de renda do setor livreiro. “Tem uma questão afetiva. O contato com o papel é uma coisa que está na civilização há muito tempo. De repente, as gerações futuras já não vão estranhar. Já vai ser natural para elas lerem no suporte virtual”, afirma.
Para Tércia Montenegro, basta mais uma década para que os livros digitais sejam a maioria. Segundo a pesquisa do Instituto Pró-Livro, apenas 6% dos leitores que já tiveram contanto com e-books (livros digitais) disseram não ter gostado da experiência; 54% gostaram muito e 40% gostaram um pouco.
Passos digitaisJá com vistas a esse público, o empresário cearense Dairan Temoteo, 34 anos, resolveu investir na área: montou uma empresa para a digitalização de conteúdos. “A Mob Devel desenvolve aplicativos para tablets. Temos clientes em várias cidades do Brasil. O foco é na digitalização de conteúdo para a educação”, afirma Dairan.
Já foram 21 aplicativos publicados, a maioria deles é de apostilas de cursos a distância, de simulados para o Enem e apostilas para concurso público. “Digitalizar um conteúdo pode variar entre R$ 20 mil e R$ 30 mil. Parece caro, mas o retorno é imediato. As pessoas compram. Se os leitores digitais, tablets ficarem mais baratos, não tenho dúvida de que o conteúdo digital será maioria”, acredita o empresário. (Luar Maria Brandão)
Números
Pesquisas dão conta de que o livro de papel ainda é a forma de leitura preferida dos brasileiros. Mas já são 9,5 milhões de leitores digitais no Brasil, 22% deles estão no Nordeste
ANDRÉ SALGADO
Os leitores digitais representam apenas 5% da massa de 88 milhões de leitores no Brasil
Uma das discussões que mais perambulam na sociedade moderna é: o livro vai ou não acabar? Para os autores, editores e livreiros entrevistados, o livro digital é tendência, ainda que não tenha deslanchado no País, mas o livro impresso não vai se extinguir. Vai ser, no máximo, um “artigo raro”, segundo eles. Mas é de olho nessa tendência que as livrarias e as editoras já têm oferecido o conteúdo digital.
De acordo com a 3ª edição da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, o Brasil tem 9,5 milhões de leitores digitais, sendo que 22% deles estão concentrados no Nordeste. “Hoje, a região é a segunda maior do País, perdendo apenas para o Sudeste, o que mostra o interesse em conhecer as novas tecnologias”, afirma, em nota, a presidente do Instituto Pró-Livro, Karine Pansa.
Ainda que de forma quantitativa o número de leitores digitais seja considerável, o total representa só 5% da massa de 88 milhões de leitores do Brasil, segundo a pesquisa. Para o proprietário da Livraria Acadêmica, há 25 anos no mercado de Fortaleza, Luciano Gomes, o comprador de livro quer ter a propriedade do livro. “Ele quer pegar, cheirar, marcar, formar a biblioteca dele e até deixar para outras gerações”, argumenta Gomes.
A escritora e professora Tércia Montenegro também acredita que têm sido os leitores os condutores nessa manutenção do livro impresso como grande gerador de renda do setor livreiro. “Tem uma questão afetiva. O contato com o papel é uma coisa que está na civilização há muito tempo. De repente, as gerações futuras já não vão estranhar. Já vai ser natural para elas lerem no suporte virtual”, afirma.
Para Tércia Montenegro, basta mais uma década para que os livros digitais sejam a maioria. Segundo a pesquisa do Instituto Pró-Livro, apenas 6% dos leitores que já tiveram contanto com e-books (livros digitais) disseram não ter gostado da experiência; 54% gostaram muito e 40% gostaram um pouco.
Passos digitaisJá com vistas a esse público, o empresário cearense Dairan Temoteo, 34 anos, resolveu investir na área: montou uma empresa para a digitalização de conteúdos. “A Mob Devel desenvolve aplicativos para tablets. Temos clientes em várias cidades do Brasil. O foco é na digitalização de conteúdo para a educação”, afirma Dairan.
Já foram 21 aplicativos publicados, a maioria deles é de apostilas de cursos a distância, de simulados para o Enem e apostilas para concurso público. “Digitalizar um conteúdo pode variar entre R$ 20 mil e R$ 30 mil. Parece caro, mas o retorno é imediato. As pessoas compram. Se os leitores digitais, tablets ficarem mais baratos, não tenho dúvida de que o conteúdo digital será maioria”, acredita o empresário. (Luar Maria Brandão)
Números
9,5milhões é o número de leitores digitais no Brasil
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