Brasil 247
TOURINHO NETO, DO TRF DA 1ª REGIÃO, CONCEDEU HABEAS CORPUS A CARLINHOS CACHOEIRA; "POEIRA ASSENTOU", REGISTROU JUIZ; "CENÁRIO QUE AUTORIZOU A PRISÃO PREVENTIVA NÃO EXISTE MAIS"; PARA SÉRGIO BITTENCOURT, DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DF, PORÉM, BICHEIRO DEVE SER MANTIDO ATRÁS DAS GRADES; E VOCÊ, O QUE ACHA?
247 – De um modo ou de outro – e exatamente por isso -, Carlinhos Cachoeira pode se achar entre duas justiças. Enquanto o juiz do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, Fernando Tourinho Neto, concedeu nesta sexta-feira 15 o que, na prática, representaria sua liberdade, o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Sérgio Bittencourt, negou pedido para que o bicheiro deixe a penitenciária da Papuda, em Brasília.
O paradoxo é compreensível. Mesmo sob provas cabais, representadas pelas escutas captadas pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, os dois magistrados apresentam opiniões – e decisões – opostas. O contraventor foi preso no dia 29 de fevereiro acusado de chefiar uma quadrilha que trabalhava na exploração de jogos ilegais. Ele também é alvo de uma CPI no Congresso que apura suas relações com empresários, políticos e profissionais da imprensa.
Segundo trechos do voto de Tourinho Neto, Cachoeira não deve mais ficar preso porque o cenário que autorizou a prisão do bicheiro não existe mais. "Atualmente, o quadro é outro. A poeira assentou. A excepcionalidade da prisão preventiva já pode ser afastada". O desembargador também confia no poder inibitório da CPI para impedir novos delitos. "Diante da instauração da CPMI, [...] como poderá o paciente abrir novas casas de jogos?". Ele lembra ainda que as máquinas caça-níqueis foram apreendidas e que todos os servidores públicos envolvidos foram afastados.
Bittencourt não pensa o mesmo. Segundo o desembargador do DF, "os fundamentos utilizados por Tourinho Neto não são hábeis a informar os fortes argumentos trazidos pela culta magistrada que prolatou decisão atacada". O juiz se referiu, em seu voto, à decisão da juíza da 5ª Vara Criminal de Brasília que determinou a prisão de Cachoeira pela Operação Saint-Michel.
Diante de duas decisões tão diferentes referentes ao mesmo processo e ao mesmo criminoso, com qual justiça você fica?
Foto: Divulgação_Folhapress_Márcia Foizer/TJDFT
TOURINHO NETO, DO TRF DA 1ª REGIÃO, CONCEDEU HABEAS CORPUS A CARLINHOS CACHOEIRA; "POEIRA ASSENTOU", REGISTROU JUIZ; "CENÁRIO QUE AUTORIZOU A PRISÃO PREVENTIVA NÃO EXISTE MAIS"; PARA SÉRGIO BITTENCOURT, DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DF, PORÉM, BICHEIRO DEVE SER MANTIDO ATRÁS DAS GRADES; E VOCÊ, O QUE ACHA?
247 – De um modo ou de outro – e exatamente por isso -, Carlinhos Cachoeira pode se achar entre duas justiças. Enquanto o juiz do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, Fernando Tourinho Neto, concedeu nesta sexta-feira 15 o que, na prática, representaria sua liberdade, o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Sérgio Bittencourt, negou pedido para que o bicheiro deixe a penitenciária da Papuda, em Brasília.
O paradoxo é compreensível. Mesmo sob provas cabais, representadas pelas escutas captadas pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, os dois magistrados apresentam opiniões – e decisões – opostas. O contraventor foi preso no dia 29 de fevereiro acusado de chefiar uma quadrilha que trabalhava na exploração de jogos ilegais. Ele também é alvo de uma CPI no Congresso que apura suas relações com empresários, políticos e profissionais da imprensa.
Segundo trechos do voto de Tourinho Neto, Cachoeira não deve mais ficar preso porque o cenário que autorizou a prisão do bicheiro não existe mais. "Atualmente, o quadro é outro. A poeira assentou. A excepcionalidade da prisão preventiva já pode ser afastada". O desembargador também confia no poder inibitório da CPI para impedir novos delitos. "Diante da instauração da CPMI, [...] como poderá o paciente abrir novas casas de jogos?". Ele lembra ainda que as máquinas caça-níqueis foram apreendidas e que todos os servidores públicos envolvidos foram afastados.
Bittencourt não pensa o mesmo. Segundo o desembargador do DF, "os fundamentos utilizados por Tourinho Neto não são hábeis a informar os fortes argumentos trazidos pela culta magistrada que prolatou decisão atacada". O juiz se referiu, em seu voto, à decisão da juíza da 5ª Vara Criminal de Brasília que determinou a prisão de Cachoeira pela Operação Saint-Michel.
Diante de duas decisões tão diferentes referentes ao mesmo processo e ao mesmo criminoso, com qual justiça você fica?
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