Carta Capital
A Câmara dos Deputados do Paraguai aprovou de supetão nesta quinta-feira 21 uma proposta de impeachment do presidente Fernando Lugo. O motivo: o “fraco desempenho de suas funções” após um confronto violento com trabalhadores sem-terra na região leste do país na sexta-feira 15, que culminou em 17 mortes. O senado do país convocou uma sessão extra para votar a mesma proposta.
A votação ocorreu quase por unanimidade: foram 76 votos a favor da proposta de impeachment, 1 contra e 3 abstenções.
Logo depois da sessão na Câmara, Fernando Lugo declarou que não vai renunciar e sugeriu a iminência de um golpe. “O presidente anuncia que não vai apresentar renúncia e que se submete com absoluta obediência para enfrentar o impeachment com todas as suas consequências”, disse, através de seu porta-voz. “Denuncio perante o povo que sua vontade está sendo objeto de um ataque sem piedade de setores que sempre se opuseram ao processo democrático”.
O mote do processo de impeachment é um confronto entre policiais e trabalhadores sem-terra em Curuguaty, região próxima da fronteira com o Brasil e dominada por fazendeiros brasileiros, os chamados “brasiguaios”. Seis policiais e onze sem-terras morreram no conflito. Segundo a agência France Presse, as autoridades não descartam que o massacre possa ter sido causado por guerrilheiros do chamado Exército do Povo Paraguaio (EPP) infiltrados entre os camponeses, e que podem ter fugido na confusão depois de terem assassinado seis policiais. A invasão da propriedade foi apoiada pela chamada Liga de Carperos (que vivem em barracas, “carpas” em espanhol), organização de camponeses sem-terra que tem vínculos com assessores do presidente Fernando Lugo.
Líderes latino-americanos se reúnem para discutir a questão
Juntos no Rio de Janeiro para a Conferência Rio+20, os principais líderes da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) estão reunidos para tomar uma posição quanto a decisão dos parlamentares do Paraguai. Dilma Rousseff (Brasil), José Mujica (Uruguai), Rafael Correa (Equador), Evo Morales (Bolívia) e Sebastián Piñera (Chile) podem anunciar um posicionamento do bloco nesta tarde.
O presidente paraguaio Fernando Lugo declarou que o processo de impeachment
é feito por aqueles que "sempre se opuseram ao processo democrático". Foto: AFP
A Câmara dos Deputados do Paraguai aprovou de supetão nesta quinta-feira 21 uma proposta de impeachment do presidente Fernando Lugo. O motivo: o “fraco desempenho de suas funções” após um confronto violento com trabalhadores sem-terra na região leste do país na sexta-feira 15, que culminou em 17 mortes. O senado do país convocou uma sessão extra para votar a mesma proposta.
A votação ocorreu quase por unanimidade: foram 76 votos a favor da proposta de impeachment, 1 contra e 3 abstenções.
Logo depois da sessão na Câmara, Fernando Lugo declarou que não vai renunciar e sugeriu a iminência de um golpe. “O presidente anuncia que não vai apresentar renúncia e que se submete com absoluta obediência para enfrentar o impeachment com todas as suas consequências”, disse, através de seu porta-voz. “Denuncio perante o povo que sua vontade está sendo objeto de um ataque sem piedade de setores que sempre se opuseram ao processo democrático”.
O mote do processo de impeachment é um confronto entre policiais e trabalhadores sem-terra em Curuguaty, região próxima da fronteira com o Brasil e dominada por fazendeiros brasileiros, os chamados “brasiguaios”. Seis policiais e onze sem-terras morreram no conflito. Segundo a agência France Presse, as autoridades não descartam que o massacre possa ter sido causado por guerrilheiros do chamado Exército do Povo Paraguaio (EPP) infiltrados entre os camponeses, e que podem ter fugido na confusão depois de terem assassinado seis policiais. A invasão da propriedade foi apoiada pela chamada Liga de Carperos (que vivem em barracas, “carpas” em espanhol), organização de camponeses sem-terra que tem vínculos com assessores do presidente Fernando Lugo.
Líderes latino-americanos se reúnem para discutir a questão
Juntos no Rio de Janeiro para a Conferência Rio+20, os principais líderes da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) estão reunidos para tomar uma posição quanto a decisão dos parlamentares do Paraguai. Dilma Rousseff (Brasil), José Mujica (Uruguai), Rafael Correa (Equador), Evo Morales (Bolívia) e Sebastián Piñera (Chile) podem anunciar um posicionamento do bloco nesta tarde.
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