Bob Fernandes
POR MARINA DIAS
O estado de saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem sido acompanhado com atenção pelas principais lideranças do PT no Brasil. A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, é regularmente informada sobre o líder venezuelano, internado em Havana para o tratamento de um câncer. No fim de dezembro, o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, foi a Cuba por determinação de Dilma, para colher detalhes sobre a situação de Chávez.
Os petistas acompanham a evolução do presidente venezuelano – que não deve retornar a Caracas para tomar posse na próxima quinta-feira (10) – via embaixada, contatos partidários e pessoais. Sabe-se que a o estado de saúde é considerado grave mas, apesar da tensão, o PT prefere cautela na hora de traçar projeções para um período pós-Chávez.
De acordo com o secretário-executivo do Foro de São Paulo e dirigente nacional do PT, Valter Pomar, o partido não espera que o Brasil tenha que lidar com uma Venezuela sem Chávez tão em breve. "No curto prazo, esperamos que Chávez se reestabeleça e essa situação (de uma Venezuela sem Chávez) não ocorra pelos próximos 20 ou 30 anos", afirmou Pomar a Terra Magazine.
"Na opinião do PT, o que deve ser considerado é a solidez econômica, social, institucional e cultural das mudanças que vêm sendo implementadas desde 1998. Na nossa opinião, são mudanças sólidas o suficiente para prever que as relações estratégicas entre Brasil e Venezuela continuarão muito intensas, no mesmo rumo atual", explicou.
Pomar garante que "não há temor algum", por parte do PT, sobre a possibilidade de golpe ou manobra da oposição caso Chávez não compareça à posse, prevista para quinta-feira (10). "O governo venezuelano está unido em torno das orientações de Chávez antes de ir para Cuba [indicando seu vice, Nicolás Maduro, como o candidato ideal caso houvesse nova eleição presidencial]. E a oposição está dividida, com um setor importante consciente de que a chamada revolução bolivariana é um processo político-social muito consistente, que não se resume a uma pessoa, por mais importante que seja".
O governador do estado de Miranda e candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, Henrique Capriles, já deu declarações aceitando o adiamento da posse. Por outro lado, a MUD (Mesa da Unidade Democrática), de oposição a Chávez, discorda do adiamento e exige que qualquer decisão passe pela Assembleia Nacional, no próximo dia 10.
A Constituição venezuelana prevê que, se houver "ausência permanente" que impossibilite a posse, o presidente da Assembleia assuma o cargo e convoque eleição para depois de 30 dias.
O governo brasileiro tomou posição, nesta segunda-feira (7), defendendo a possibilidade de prorrogar a posse de Chávez por até 180 dias.
POR MARINA DIAS
O estado de saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem sido acompanhado com atenção pelas principais lideranças do PT no Brasil. A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, é regularmente informada sobre o líder venezuelano, internado em Havana para o tratamento de um câncer. No fim de dezembro, o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, foi a Cuba por determinação de Dilma, para colher detalhes sobre a situação de Chávez.
Os petistas acompanham a evolução do presidente venezuelano – que não deve retornar a Caracas para tomar posse na próxima quinta-feira (10) – via embaixada, contatos partidários e pessoais. Sabe-se que a o estado de saúde é considerado grave mas, apesar da tensão, o PT prefere cautela na hora de traçar projeções para um período pós-Chávez.
De acordo com o secretário-executivo do Foro de São Paulo e dirigente nacional do PT, Valter Pomar, o partido não espera que o Brasil tenha que lidar com uma Venezuela sem Chávez tão em breve. "No curto prazo, esperamos que Chávez se reestabeleça e essa situação (de uma Venezuela sem Chávez) não ocorra pelos próximos 20 ou 30 anos", afirmou Pomar a Terra Magazine.
"Na opinião do PT, o que deve ser considerado é a solidez econômica, social, institucional e cultural das mudanças que vêm sendo implementadas desde 1998. Na nossa opinião, são mudanças sólidas o suficiente para prever que as relações estratégicas entre Brasil e Venezuela continuarão muito intensas, no mesmo rumo atual", explicou.
Pomar garante que "não há temor algum", por parte do PT, sobre a possibilidade de golpe ou manobra da oposição caso Chávez não compareça à posse, prevista para quinta-feira (10). "O governo venezuelano está unido em torno das orientações de Chávez antes de ir para Cuba [indicando seu vice, Nicolás Maduro, como o candidato ideal caso houvesse nova eleição presidencial]. E a oposição está dividida, com um setor importante consciente de que a chamada revolução bolivariana é um processo político-social muito consistente, que não se resume a uma pessoa, por mais importante que seja".
O governador do estado de Miranda e candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, Henrique Capriles, já deu declarações aceitando o adiamento da posse. Por outro lado, a MUD (Mesa da Unidade Democrática), de oposição a Chávez, discorda do adiamento e exige que qualquer decisão passe pela Assembleia Nacional, no próximo dia 10.
A Constituição venezuelana prevê que, se houver "ausência permanente" que impossibilite a posse, o presidente da Assembleia assuma o cargo e convoque eleição para depois de 30 dias.
O governo brasileiro tomou posição, nesta segunda-feira (7), defendendo a possibilidade de prorrogar a posse de Chávez por até 180 dias.
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