Por Altamiro Borges
Até a próxima quinta-feira (3), o Tribunal Superior Eleitoral deve decidir se aprova ou não o registro da Rede Sustentabilidade, o novo partido de Marina Silva. O TSE concluiu a checagem das assinaturas de apoio recolhidas pelos simpatizantes da sigla e confirmou que ela não obteve o número necessário exigido pela lei. Segundo o vice-procurador geral eleitoral, Eugênio Aragão, faltaram cerca de 50 mil nomes para atingir o mínimo de 492 mil apoios. Diante dos obstáculos, a ex-verde Marina Silva disse hoje que "tenho confiança em Deus" de que a legenda será aprovada e disputará as eleições de 2014.
Segundo o repórter André Richter, da Agência Brasil, a ex-senadora participou nesta terça-feira (1) de um ato de apoio à nova sigla na Praça dos Três Poderes, em Brasília. "Ela lembrou que conversou com todos os ministros efetivos e substitutos do TSE para reafirmar que o partido cumpriu todos os requisitos exigidos pela Justiça Eleitoral. Ela se disse convicta de que receberá os votos favoráveis à Rede. 'Tenho confiança em Deus, na Justiça e no trabalho que fizemos, que foi um trabalho íntegro'... Marina Silva também reafirmou que o partido está sendo prejudicado pelas assinaturas de apoiadores que foram invalidadas, sem justificativa, pelos cartórios eleitorais".
Além da pressão sobre a Justiça Eleitoral, a Rede tem procurado envolver a sociedade na conquista do seu registro. Alguns artistas globais já gravaram vídeos em apoio à nova legenda e uma campanha na internet está prevista para os próximos e decisivos dias. Marina Silva também tem tentado seduzir a chamada elite empresarial nativa. Num seminário promovido pela revista Exame, da mesma editora Abril que edita a asquerosa Veja, ela até defendeu a urgência de uma reforma trabalhista. "O sociólogo [FHC] não fez a reforma política e o operário [Lula] não fez a trabalhista". Assessorada por convictos neoliberais, como André Lara Resende, já dá até para desconfiar o que seria sua reforma trabalhista!
A própria Folha tucana, que não esconde sua torcida pela existência de várias candidaturas para evitar uma possível vitória em primeiro turno de Dilma Rousseff, registrou que Marina Silva "acenou para as empresas". Segundo relatou, "reunidos para um fórum organizado pela 'Exame', a ex-senadora Marina Silva, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disseram que Dilma foi incapaz de criar um ambiente de segurança para os investimentos privados... Marina afirmou que o governo precisa estimular a economia com medidas 'de forma horizontal, e não no caso a caso, que criam uma relação de desconfiança' entre o governo e o empresariado".
Além do apelo a Deus e aos empresários, Marina Silva continua reunindo apoio de vários "calunistas" da mídia. Merval Pereira, o "imortal" da ABL e da Globo, já postou vários artigos pedindo o registro da Rede. Hoje foi a vez de Hélio Schwartsman, da Folha:
"O grupo liderado por Marina Silva não foi capaz de apresentar as 490 mil assinaturas certificadas por cartório que a lei exige. Mas, se trocarmos as lentes do formalismo jurídico pelas da análise política, é uma piada o TSE conceder reconhecimento aos recém-criados Solidariedade e Pros, que ficam em algum lugar entre a legenda de aluguel e o partido de ocasião, e negá-lo à Rede, a única coisa parecida com uma organização política com ideologia distinguível e certa representatividade a surgir no Brasil nas últimas décadas".
Altamiro Borges
Até a próxima quinta-feira (3), o Tribunal Superior Eleitoral deve decidir se aprova ou não o registro da Rede Sustentabilidade, o novo partido de Marina Silva. O TSE concluiu a checagem das assinaturas de apoio recolhidas pelos simpatizantes da sigla e confirmou que ela não obteve o número necessário exigido pela lei. Segundo o vice-procurador geral eleitoral, Eugênio Aragão, faltaram cerca de 50 mil nomes para atingir o mínimo de 492 mil apoios. Diante dos obstáculos, a ex-verde Marina Silva disse hoje que "tenho confiança em Deus" de que a legenda será aprovada e disputará as eleições de 2014.
Segundo o repórter André Richter, da Agência Brasil, a ex-senadora participou nesta terça-feira (1) de um ato de apoio à nova sigla na Praça dos Três Poderes, em Brasília. "Ela lembrou que conversou com todos os ministros efetivos e substitutos do TSE para reafirmar que o partido cumpriu todos os requisitos exigidos pela Justiça Eleitoral. Ela se disse convicta de que receberá os votos favoráveis à Rede. 'Tenho confiança em Deus, na Justiça e no trabalho que fizemos, que foi um trabalho íntegro'... Marina Silva também reafirmou que o partido está sendo prejudicado pelas assinaturas de apoiadores que foram invalidadas, sem justificativa, pelos cartórios eleitorais".
Além da pressão sobre a Justiça Eleitoral, a Rede tem procurado envolver a sociedade na conquista do seu registro. Alguns artistas globais já gravaram vídeos em apoio à nova legenda e uma campanha na internet está prevista para os próximos e decisivos dias. Marina Silva também tem tentado seduzir a chamada elite empresarial nativa. Num seminário promovido pela revista Exame, da mesma editora Abril que edita a asquerosa Veja, ela até defendeu a urgência de uma reforma trabalhista. "O sociólogo [FHC] não fez a reforma política e o operário [Lula] não fez a trabalhista". Assessorada por convictos neoliberais, como André Lara Resende, já dá até para desconfiar o que seria sua reforma trabalhista!
A própria Folha tucana, que não esconde sua torcida pela existência de várias candidaturas para evitar uma possível vitória em primeiro turno de Dilma Rousseff, registrou que Marina Silva "acenou para as empresas". Segundo relatou, "reunidos para um fórum organizado pela 'Exame', a ex-senadora Marina Silva, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disseram que Dilma foi incapaz de criar um ambiente de segurança para os investimentos privados... Marina afirmou que o governo precisa estimular a economia com medidas 'de forma horizontal, e não no caso a caso, que criam uma relação de desconfiança' entre o governo e o empresariado".
Além do apelo a Deus e aos empresários, Marina Silva continua reunindo apoio de vários "calunistas" da mídia. Merval Pereira, o "imortal" da ABL e da Globo, já postou vários artigos pedindo o registro da Rede. Hoje foi a vez de Hélio Schwartsman, da Folha:
"O grupo liderado por Marina Silva não foi capaz de apresentar as 490 mil assinaturas certificadas por cartório que a lei exige. Mas, se trocarmos as lentes do formalismo jurídico pelas da análise política, é uma piada o TSE conceder reconhecimento aos recém-criados Solidariedade e Pros, que ficam em algum lugar entre a legenda de aluguel e o partido de ocasião, e negá-lo à Rede, a única coisa parecida com uma organização política com ideologia distinguível e certa representatividade a surgir no Brasil nas últimas décadas".
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