Medida tinha o objetivo de descobrir a existência de comunistas trabalhando nos órgãos do governo norte-americano
Em resposta aos temores manifestados pela opinião pública, reflexo de intensa pressão da imprensa e das investigações do Congresso sobre o comunismo nos Estados Unidos, o presidente Harry Truman emite um decreto executivo em 22 de março de 1947 determinando uma investigação de grande alcance sobre a lealdade dos funcionários públicos federais.
Assim que a Guerra Fria começou a se desenrolar após a Segunda Guerra Mundial, temores quanto à atividade comunista nos Estados Unidos, particularmente no governo federal, cresceram. O Congresso já tinha dado início a investigações sobre a influência comunista em Hollywood e leis proibindo os simpatizantes comunistas de lecionar foram aprovadas em diversos estados.
Wikicommons

Truman (centro) ao lado do premiê britânico Clement Attlee e do líder soviético Joseph Stálin, em 1945
A maior preocupação da administração Truman, no entanto, era a persistente acusação de que os comunistas estavam operando em órgãos federais.
Em resposta a esses temores e preocupações, Truman emite uma ordem executiva em 22 de março de 1947, que instala um programa destinado a checar a lealdade dos funcionários federais. Ao anunciar esta decisão, Truman indicou que esperava que todos os trabalhadores federais “demonstrassem completa e inquebrantável lealdade aos Estados Unidos”. Qualquer coisa menos do que isto, declarou, “constituirá uma ameaça aos nossos valores democráticos”.
Os fundamentos básicos da ordem de Truman levaram a montar uma estrutura para um amplo e poderoso aparato burocrático governamental a fim de levar a cabo a conferência das lealdades. Comitês de lealdade foram formados em todos os departamentos e agências do governo federal.
Valendo-se de listas de organizações “totalitárias, fascistas, comunistas ou subversivas” providenciadas pelo Departamento de Justiça e pela Procuradoria Geral e baseados em investigações do FBI, esses comitês trataram de passar a limpo a vida de cada funcionário. Se existissem “razoáveis fundamentos” para duvidar da lealdade do funcionário público, ele ou ela seria irremediavelmente demitido. Uma Direção de Revisão das Lealdades foi criado, subordinada à Comissão de Serviço Civil, para examinar os recursos apresentados pelos funcionários.
O programa de lealdade de Truman resultou na descoberta de apenas uns quantos funcionários cuja lealdade poderia ser “razoavelmente” posta em dúvida. Não obstante, por algum tempo a ordem de lealdade conseguiu amenizar em grande parte as críticas de que sua administração era “mole” com os comunistas.
O tema deu uma dramática guinada nos anos 1949-1950. Os soviéticos desenvolveram a bomba atômica e, na China, o Partido Comunista assumiu o poder. Nesse momento, o senador McCarthy pronuncia um famoso discurso em que declara haver mais de 200 “conhecidos comunistas” no Departamento de Estado.
Uma vez mais, levantaram-se acusações de que a administração Truman estava "mimando” os comunistas. A resposta foi a criação do temido Comitê de Atividades Anti-americanas. O temor da Ameaça Vermelha chega ao auge e se estende por todo o país alcançando personalidades de todos os ramos de atividades, especialmente artistas e intelectuais.
Opera Mundi
Assim que a Guerra Fria começou a se desenrolar após a Segunda Guerra Mundial, temores quanto à atividade comunista nos Estados Unidos, particularmente no governo federal, cresceram. O Congresso já tinha dado início a investigações sobre a influência comunista em Hollywood e leis proibindo os simpatizantes comunistas de lecionar foram aprovadas em diversos estados.
Wikicommons
Truman (centro) ao lado do premiê britânico Clement Attlee e do líder soviético Joseph Stálin, em 1945
A maior preocupação da administração Truman, no entanto, era a persistente acusação de que os comunistas estavam operando em órgãos federais.
Em resposta a esses temores e preocupações, Truman emite uma ordem executiva em 22 de março de 1947, que instala um programa destinado a checar a lealdade dos funcionários federais. Ao anunciar esta decisão, Truman indicou que esperava que todos os trabalhadores federais “demonstrassem completa e inquebrantável lealdade aos Estados Unidos”. Qualquer coisa menos do que isto, declarou, “constituirá uma ameaça aos nossos valores democráticos”.
Os fundamentos básicos da ordem de Truman levaram a montar uma estrutura para um amplo e poderoso aparato burocrático governamental a fim de levar a cabo a conferência das lealdades. Comitês de lealdade foram formados em todos os departamentos e agências do governo federal.
Valendo-se de listas de organizações “totalitárias, fascistas, comunistas ou subversivas” providenciadas pelo Departamento de Justiça e pela Procuradoria Geral e baseados em investigações do FBI, esses comitês trataram de passar a limpo a vida de cada funcionário. Se existissem “razoáveis fundamentos” para duvidar da lealdade do funcionário público, ele ou ela seria irremediavelmente demitido. Uma Direção de Revisão das Lealdades foi criado, subordinada à Comissão de Serviço Civil, para examinar os recursos apresentados pelos funcionários.
O programa de lealdade de Truman resultou na descoberta de apenas uns quantos funcionários cuja lealdade poderia ser “razoavelmente” posta em dúvida. Não obstante, por algum tempo a ordem de lealdade conseguiu amenizar em grande parte as críticas de que sua administração era “mole” com os comunistas.
O tema deu uma dramática guinada nos anos 1949-1950. Os soviéticos desenvolveram a bomba atômica e, na China, o Partido Comunista assumiu o poder. Nesse momento, o senador McCarthy pronuncia um famoso discurso em que declara haver mais de 200 “conhecidos comunistas” no Departamento de Estado.
Uma vez mais, levantaram-se acusações de que a administração Truman estava "mimando” os comunistas. A resposta foi a criação do temido Comitê de Atividades Anti-americanas. O temor da Ameaça Vermelha chega ao auge e se estende por todo o país alcançando personalidades de todos os ramos de atividades, especialmente artistas e intelectuais.
Opera Mundi


Postar um comentário
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;