Buenos Aires, 7 ago (Prensa Latina) A mudança de Nova York por outra cidade para a cobrança dos pagamentos de dívida da Argentina é hoje uma opção para os credores que se acolheram à reestruturação de 2005 e 2010.

Ao juiz Thomas Griesa insistiu em reter o dinheiro que o governo argentino depositou no Bank of New York para pagar títulos da dívida, o país sul-americano sugeriu aos credores reestruturados a mudar de jurisdição bancária para cobrar seus saldos.

O ministério argentino de Economia que conduz Axel Kicillof assegurou que essa mudança estaria justificada pelo "incumprimento do fiduciário em transferir os fundos que lhes pertencem" aos detentores da dívida reestruturada.

Isto implicaria, em dependência da decisão dos credores, em retirar de Nova York a jurisdição bancária através da qual Buenos Aires salda seus compromissos com 93 por cento dos credores, e estabelecer em outra cidade uma nova praça fiduciária.

Isso poderia ser em Londres, Luxemburgo ou Tokio, o qual evitaria as intervenções de juízes, como Griesa, atuantes a favor do minúsculo grupo de fundos buitre.

Por arranjos do governo de fato durante a última ditadura cívico-militar (1976-1983), ficou estabelecido que a Argentina canalizasse os pagamentos de sua dívida através de bancos em Nova York.

A ordem de Griesa congela os 539 milhões de dólares depositados por Buenos Aires no Bank of New York para o pagamento aos credores diante da legislação nova-iorquina e de outros distritos internacionais, até que o país não lhe pague os 1.600 milhões de dólares que sua falha dispôs em favor dos fundos buitre.

O magistrado autorizou nos últimos dias o pagamento a credores diante a jurisdição européia e japonesa, mas fez questão de reter os depósitos no BoNY, segundo jornal inglês.

Argentina intimou os bancos a cumprir suas obrigações de distribuir os fundos, e, a sua vez, informou aos credores que, segundo o prospecto de emissão de dívida, "poderão remover ao Agente Fiduciário do cargo em qualquer momento e designar a um sucessor". tgj/mh/cc

Agência Prensa Latina

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