Sofrendo com um câncer terminal, a americana Brittany Maynard, de 29 anos, havia decidido colocar fim à sua vida neste sábado (1º de novembro).
Ela também havia decidido que antes de morrer completaria uma lista de coisas que sonhava em fazer. Mas, depois de realizar o último desejo da lista há poucos dias, - ela visitou o Grand Cânion com seus pais e o marido - ela decidiu esperar um pouco mais para morrer.
Em um vídeo divulgado em seu blog, a americana deixou em aberto a data de sua morte.
"Ainda me sinto bem o suficiente e ainda tenho alegria o suficiente. Ainda dou risada com a minha família e amigos e apenas não me parece que seja a hora certa agora."
"Se chegar o dia 2 de Novembro e eu tiver morrido, espero que a minha família ainda esteja orgulhosa de mim e das decisões que tomei", afirmou.
"Mas se chegar o dia 2 de novembro e eu ainda estiver viva, simplesmente vamos seguir e continuar como uma família, cheios de amor uns pelos outros e essa decisão vai chegar mais para a frente."
Ainda assim, Brittany vê seus dias chegando ao fim. "Vai acontecer, porque eu sinto todos os dias que estou ficando mais e mais doente."
Sonho
Alguns dias antes de desistir da data prevista para sua morte, Brittany realizou o sonho de visitar o Grand Cânion com sua família.
"Tive a oportunidade de desfrutar meu tempo com as coisas que mais amo na vida: minha família e a natureza", afirmou a jovem em seu blog.
A experiência, no entanto, não foi totalmente positiva porque, como ela disse, "é impossível esquecer do meu câncer".
Aos 29 anos, a americana Brittany Maynard decidiu dar fim à própria vida após descobrir câncer cerebral
"As fortes dores na cabeça e no meu pescoço estão sempre por perto. E, infelizmente, tive a pior convulsão até agora. Fiquei sem falar por tempo, até retomar a consciência. "
No mesmo texto, a americana diz que seu sonho é que todos que sofrem de doenças terminais possam morrer da maneira que desejarem.
Eutanásia
A história de Brittany vem tendo uma grande repercussão nos Estados Unidos, onde ganhou fôlego o debate sobre a eutanásia.
A jovem e seu marido se mudaram da Califórnia para o Estado do Oregon - um entre cinco Estados americanos onde o suicídio com assistência de médicos é permitido.
Após se estabelecer como residente no local, ela teve de provar que tem menos de seis meses de vida.
Agora, a paciente possui uma receita médica para as drogas que usará para morrer.
Em seu primeiro artigo, que foi amplamente compartilhado nas redes sociais, ela contou que pretendia tomá-las no dia 1º de novembro, dois dias após o aniversário de seu marido.

"As fortes dores na cabeça e no meu pescoço estão sempre por perto. E, infelizmente, tive a pior convulsão até agora. Fiquei sem falar por tempo, até retomar a consciência. "
No mesmo texto, a americana diz que seu sonho é que todos que sofrem de doenças terminais possam morrer da maneira que desejarem.
Eutanásia
A história de Brittany vem tendo uma grande repercussão nos Estados Unidos, onde ganhou fôlego o debate sobre a eutanásia.
A jovem e seu marido se mudaram da Califórnia para o Estado do Oregon - um entre cinco Estados americanos onde o suicídio com assistência de médicos é permitido.
Após se estabelecer como residente no local, ela teve de provar que tem menos de seis meses de vida.
Agora, a paciente possui uma receita médica para as drogas que usará para morrer.
Em seu primeiro artigo, que foi amplamente compartilhado nas redes sociais, ela contou que pretendia tomá-las no dia 1º de novembro, dois dias após o aniversário de seu marido.
Em um vídeo online, Maynard diz querer morrer nos seus 'próprios termos'
Brittany compartilhou sua experiência com a entidade sem fins lucrativos Compassion & Choices, que faz pressão por uma legislação que legalize a eutanásia.
O especialista em bioética Arthur Caplan diz que a história de Maynard tem o potencial de mudar a forma como muitas pessoas, particularmente os mais jovens, vêem a questão.
"Uma geração inteira está agora olhando para Brittany e se perguntando por que seus Estados não permitem que médicos receitem doses letais de drogas para quem está morrendo", Caplan escreveu para a BBC News.
"Brittany está tendo e terá um grande impacto sobre o movimento para que medidas sejam apresentadas a eleitores e legisladores".
Capla acredita que opiniões em torno da questão do suicídio assistido podem mudar rapidamente, da mesma forma como mudaram em relação ao casamento entre homossexuais.
BBC Brasil
Brittany compartilhou sua experiência com a entidade sem fins lucrativos Compassion & Choices, que faz pressão por uma legislação que legalize a eutanásia.
O especialista em bioética Arthur Caplan diz que a história de Maynard tem o potencial de mudar a forma como muitas pessoas, particularmente os mais jovens, vêem a questão.
"Uma geração inteira está agora olhando para Brittany e se perguntando por que seus Estados não permitem que médicos receitem doses letais de drogas para quem está morrendo", Caplan escreveu para a BBC News.
"Brittany está tendo e terá um grande impacto sobre o movimento para que medidas sejam apresentadas a eleitores e legisladores".
Capla acredita que opiniões em torno da questão do suicídio assistido podem mudar rapidamente, da mesma forma como mudaram em relação ao casamento entre homossexuais.
BBC Brasil
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