Grupamento de Aécio elegeu 128 e o de Marina, 52
por Tereza Cruvinel
Um dos resultados mais nefastos da eleição de domingo foi o aumento da pulverização partidária na Câmara. Na medida em que os partidos com representação na Casa passaram de 22 para 28, os governos serão obrigados a negociar mais para forma uma coalizão majoritária – o que não se faz sem as concessões associadas à “velha política”, a única possível no sistema. O processo parlamentar também se torna mais complicado, com dificuldades para o fechamento de acordo e a votação das matérias. Por conta do ingresso de novos partidos ou do ligeiro crescimento dos pequenos que já tinham representação, as bancadas dos grandes partidos encolheram, embora as maiores continuem sendo do PT, PMDB e PSDB.
A coligação que apoiou Dilma Rousseff no primeiro turno foi a única a obter a maioria absoluta de cadeiras na Câmara (50% mais um, ou mais de 257 votos). Juntos os partidos da base governista elegeram 304 deputados, assim distribuídos: PT (70), PMDB (66), PSD (37), PP (36), PR (34), PRB (21), PDT (19), PROS (11), PC do B (10). Não é uma maioria de 3/5, que garanta a aprovação de emendas constitucionais sem negociação com a oposição, mas é bastante para aprovar projetos de lei e medidas provisórias.
A coligação que apoiou Aécio no primeiro turno elegeu 128 deputados, o que dele exigirá, se for eleito presidente, muita negociação para pelo menos dobrar sua base de apoio com o ingresso de outros partidos no governo. A velha política. Os deputados da coalizão estão assim distribuídos: PSDB (54), PTB (25), DEM (22), SD (15), PTN (4), PMN (3), PEN (2), PTC (2). PT do B (1).
Os partidos que apoiaram Marina Silva elegeram juntos apenas 52 deputadaos, o que rapresentaria um grande problema de governabilidade caso ela se tornasse presidente: PSB (34), PPS (10), PHS (5), PRP (3).
Na hipótese de todos os partidos da coligação liderada pelo PSB apoiarem Aécio no segundo turno e virem a apoiar um eventual governo do tucano, ele teria uma base parlamentar de 180 deputados, o que continuaria exigindo negociações para ampliá-la, atraindo partidos que hoje apoiam Dilma.
Outros 29 deputados estão distribuídos por partidos que não estiveram nas coligações do chamado G-3, como PSOL, PV e outros.
por Tereza Cruvinel
Um dos resultados mais nefastos da eleição de domingo foi o aumento da pulverização partidária na Câmara. Na medida em que os partidos com representação na Casa passaram de 22 para 28, os governos serão obrigados a negociar mais para forma uma coalizão majoritária – o que não se faz sem as concessões associadas à “velha política”, a única possível no sistema. O processo parlamentar também se torna mais complicado, com dificuldades para o fechamento de acordo e a votação das matérias. Por conta do ingresso de novos partidos ou do ligeiro crescimento dos pequenos que já tinham representação, as bancadas dos grandes partidos encolheram, embora as maiores continuem sendo do PT, PMDB e PSDB.
A coligação que apoiou Dilma Rousseff no primeiro turno foi a única a obter a maioria absoluta de cadeiras na Câmara (50% mais um, ou mais de 257 votos). Juntos os partidos da base governista elegeram 304 deputados, assim distribuídos: PT (70), PMDB (66), PSD (37), PP (36), PR (34), PRB (21), PDT (19), PROS (11), PC do B (10). Não é uma maioria de 3/5, que garanta a aprovação de emendas constitucionais sem negociação com a oposição, mas é bastante para aprovar projetos de lei e medidas provisórias.
A coligação que apoiou Aécio no primeiro turno elegeu 128 deputados, o que dele exigirá, se for eleito presidente, muita negociação para pelo menos dobrar sua base de apoio com o ingresso de outros partidos no governo. A velha política. Os deputados da coalizão estão assim distribuídos: PSDB (54), PTB (25), DEM (22), SD (15), PTN (4), PMN (3), PEN (2), PTC (2). PT do B (1).
Os partidos que apoiaram Marina Silva elegeram juntos apenas 52 deputadaos, o que rapresentaria um grande problema de governabilidade caso ela se tornasse presidente: PSB (34), PPS (10), PHS (5), PRP (3).
Na hipótese de todos os partidos da coligação liderada pelo PSB apoiarem Aécio no segundo turno e virem a apoiar um eventual governo do tucano, ele teria uma base parlamentar de 180 deputados, o que continuaria exigindo negociações para ampliá-la, atraindo partidos que hoje apoiam Dilma.
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