Vanessa Martina Silva

Meios também analisaram a atual e a futura conjuntura brasileira diante do resultado eleitoral em que a petista venceu por três pontos percentuais



A reeleição da presidente brasileira, Dilma Rousseff, do PT, por uma pequena margem de diferença sobre o candidato opositor, Aécio Neves, do PSDB, foi tratada com destaque por veículos internacionais nesta segunda-feira (27/10). Meios de comunicação analisaram o cenário atual e os possíveis impactos e conjunturas após o resultado do pleito, no qual a mandatária conquistou 51,64 % dos votos, contra 48,5% obtidos pelo tucano.

Página/12 (Argentina): "A alegria não é só brasileira"


O jornal argentino Página/12 estampou na manchete da edição de hoje que “A alegria não é só brasileira”. A publicação, com análises de intelectuais e jornalistas argentinos e brasileiros, ressaltou que a comemoração percorreu a América Latina e destacou as palavras da presidente Cristina Kirchner: “Trata-se de um passo a mais na consolidação da Pátria Grande”. Em artigo, Martín Granovsky apontou que, “com 51,64%, Dilma Rousseff se converteu na política de esquerda mais votada do mundo”.



La Jornada (México): Segundo mandato no Brasil para Dilma Rousseff


O mexicano La Jornada, com matéria assinada pelo jornalista brasileiro Eric Nepomuceno, além de ressaltar a pequena margem da vitória, apontou a suposta divisão existente no Brasil após o resultado das urnas. Ele conta que, após as 21 horas deste domingo, o país esteve dividido em dois, “não só geográfica, mas também socialmente” e que, apesar da maioria conquistada no Congresso e no Senado, o maior aliado do governo e partido do vice-presidente Michel Temer, o PMDB, também se dividiu e “agora terá que ver qual será o preço pedido [pelo partido] para se manter como aliado ou passar para a oposição”.



TeleSUR (multiestatal): "Brasil demonstrou a força da esquerda latino-americana"


A emissora multiestatal TeleSUR, que fez uma ampla cobertura do pleito no Brasil, com a colaboração de vários correspondentes, estampou que o “Brasil demonstrou a força da esquerda latino-americana”. O título tem como base as declarações do deputado do Parlamento Latino-Americano, Roy Daza, para quem “os governos da América Latina que se iniciaram com a vitória [do ex-presidente venezuelano Hugo] Chávez em 1999 têm marcado uma pauta distinta”. E apontou a reforma política como o maior desafio do novo mandato.



Prensa Latina (Cuba): Reeleita presidente brasileira defende paz, união e mudanças


A agência de notícias cubana Prensa Latina, que publicou diversas notas com a repercussão do resultado, afirmou que a presidente reeleita “defende paz, união e mudanças”. Com destaque para o discurso de vitória de Dilma, o texto principal também contextualiza o escândalo da Petrobras, que estourou às vésperas das eleições e as denúncias, feitas supostamente com base na delação premiada do doleiro Alberto Yousseff contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a mandatária.


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Esquerda.net (Portugal): Dilma Rousseff reeleita presidente do Brasil


Na Europa, o site português Esquerda.net lembrou que essa foi uma das eleições mais disputadas que o Brasil já vivenciou e pontuou que 27% dos brasileiros aptos a votar não escolheram nenhum candidato, já que a abstenção fixou-se em 21% e brancos e nulos somaram 6%.



L'Humanité (França): Dilma Rousseff reeleita presidente do Brasil com 51,45% dos votos


Já o francês L’Humanité destacou a pequena margem de vantagem da petista, de “apenas três milhões”. A publicação ressaltou o resultado obtido pela presidente em Minas Gerais, onde Aécio Neves foi governador, e no Rio de Janeiro, estados onde Dilma venceu. Também foi destacada a convocação feita pela mandatária no discurso da vitória pedindo união, além do compromisso com a reforma política e a luta contra a corrupção.



The Guardian (Inglaterra): Dilma Rousseff promete união após estreita vitória na eleição brasileira


O inglês The Guardian trouxe uma ampla reportagem, assinada pelo correspondente no Rio de Janeiro, Jonathan Watts, na qual também destaca a estreita margem da vitória petista e o clamor da mandatária por união. O jornalista traz declarações de apoiadores da presidente durante a comemoração nos Arcos da Lapa, no centro do Rio, e ressalta que o pleito foi caracterizado por uma “campanha suja” marcada por “xingamentos e acusações de corrupção, nepotismo e incompetência”.



El País (Espanha): Rousseff, reeleita presidente


O espanhol El País, por sua vez, também fez uma ampla análise do resultado eleitoral, destacando a biografia de Dilma e afirmando que “foi necessário contar quase até a última urna para assegurar o resultado e dar a notícia”. A publicação, que chama os estados do norte e nordeste brasileiro de “pobres e atrasados” e os do sul de “ricos e industrializados”, destaca que, para Dilma, Minas Gerais foi “chave” por ser “berço” tanto da presidente reeleita, como de Aécio. Outras chamadas dizem que "crise econômica e corrupção marcarão nova presidência" e que "A mudança terá que esperar". Já a edição brasileira do jornal destacou: “Mercado financeiro castiga a reeleição de Dilma Rousseff” e que “O melhor candidato anti-PT não foi o bastante”.



The New York Times (Estados Unidos): Brasil fica com Rousseff após campanha turbulenta


Nos Estados Unidos, o principal jornal do país, The New York Times, com matéria assinada por Simon Romero, enfatizou que os brasileiros reelegeram Dilma Rousseff como presidente endossando a líder de esquerda que conquistou “importantes ganhos na redução da pobreza e manteve o desemprego baixo”. O texto também menciona que ela foi preferida mesmo diante de um “forte escândalo de corrupção” e uma “economia lenta”.

Opera Mundi

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