Para debater a ampliação da participação social na defesa do consumidor e desenvolver ainda mais as relações de consumo no Brasil, a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça(link is external)(Senacon/MJ), em parceria com o Programa das Nações Unidas(link is external) (Pnud), produziu o “Estudo sobre a Participação Social como Instrumento de Transformação da Sociedade de Consumo(link is external)”.

A publicação apresenta experiências sobre organizações da sociedade civil em outros países e traz sugestões para aperfeiçoar o modelo de consumo do Brasil. A ampliação da participação social na proteção do consumidor faz parte das diretrizes do Plano Nacional de Consumo e Cidadania (Plandec)(link is external), que tem como objetivo promover a proteção e defesa do consumidor em todo o território nacional, por meio da integração e articulação de políticas, programas e ações.

A publicação traz o levantamento de experiências internacionais, além de uma sistematização e avaliação dos mecanismos de subvenção e apoio, e um relatório técnico com as informações sistematizadas e com a análise dos mecanismos. Entre as noções preliminares, o estudo apresenta o nascimento das associações de consumidores, os princípios éticos e legais de funcionamento, além dos modelos privado e público de financiamento.

O estudo fala da importância do apoio ao desenvolvimento das associações de consumidores, "que devem ser vistas como organizações que ajudam no monitoramento e implementação da lei e os regulamentos", afirma a publicação.

Por meio de um estudo de caso, a publicação mostra as diferentes formas de financiar as associações de consumidores em países como Argentina, Espanha, Suíça, Chile, Peru, Panamá, na União Europeia e, finalmente, no Brasil.

Por aqui, segundo o estudo, "não existem normas e leis que indiquem as pautas para as associações de consumidores (nos mesmos termos que nas leis de outros países)". Entre as propostas para o Brasil trazidas pelo estudo, está em dar maior institucionalidade às associações de consumidores, a criação de bases para assegurar o financiamento das associações de consumidores e a criação do Fundo para o Desenvolvimento do Movimento de Consumidores no Brasil.

O Fundo para o Desenvolvimento teria como objetivo estabelecer as pautas de operação e gestão, além de financiamento de atividades gerais e projetos. Como proposta, o Fundo deveria ser gerido por um Conselho que inclui autoridades da SENACON, associações de consumidores e acadêmicos. O estudo conclui que as ações das associações de consumidores são exercício da cidadania por parte da sociedade civil, e "chegam até onde o Estado não pode chegar, além de funcionarem como um contrapeso ao poder do Estado".




Muda Mais



Comentário(s)

-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;

Postagem Anterior Próxima Postagem

ads

ads