Por Theófilo Rodrigues
Está cada vez mais certa a saída do ministro petista Paulo Bernardo do Ministério das Comunicações. Mas quem deverá substitui-lo no segundo mandato de Dilma Rousseff a partir de janeiro de 2015?
Quatro nomes parecem despontar como possíveis candidatos a assumir a tarefa: Franklin Martins; Ricardo Berzoini; Moreira Franco; e Alessandro Molon.
Franklin Martins tem sido até agora o nome mais cotado para assumir essa posição estratégica no futuro governo de Dilma. Odiado entre os donos das grandes empresas de comunicação e amado pelos que defendem a democratização da mídia, Franklin saiu da eleição como um dos grandes responsáveis na coordenação da campanha pela vitória de Dilma nas redes sociais. Franklin foi Secretário de Comunicação Social do governo de Lula entre 2007 e 2010 e deixou pronto um projeto de regulação econômica da mídia que posteriormente foi engavetado por Paulo Bernardo. Como Dilma vem dizendo repetidamente que fará a regulação econômica, Franklin seria o nome certo no lugar certo.
Também vem sendo cotado para a pasta o ministro das relações institucionais Ricardo Berzoini. Berzoini teria o aval do PT de São Paulo e seria o nome da direção nacional do partido para a pasta segundo alguns boatos. De concreto sabe-se que o ministro tentou se aproximar recentemente da blogosfera ao conceder uma entrevista coletiva para blogueiros em maio deste ano onde defendeu a democratização da mídia. O que o fortalece é ser um nome que possui trânsito no Congresso Nacional, uma necessidade tática do próximo governo de Dilma.
Um nome que surgiu com certa estranheza nas apostas é o do peemedebista Moreira Franco. Da cota do vice-presidente Michel Temer, o ministro Moreira Franco que atualmente ocupa a Secretaria de Aviação Civil poderia ser remanejado para as comunicações. Vale lembrar que o ministério já foi ocupado pelo PMDB no governo Lula com o mineiro Hélio Costa entre 2005 e 2010. A possível entrada de Moreira Franco seria um banho de água fria para aqueles que defendem a democratização da mídia. Afinal de contas, foi o PMDB quem pediu a retirada da proposta de regulação dos meios de comunicação do programa de governo de Dilma.
Correndo por fora está o deputado carioca Alessandro Molon. O excelente trabalho de Molon como relator do Marco Civil da Internet o aproximou bastante da presidenta Dilma Rousseff. Ademais, Molon foi o deputado federal mais votado na chapa do PT no Rio de Janeiro o que o credencia como representante do estado no ministério, além de abrir espaço estratégico para o suplente Wadih Damous assumir uma vaga na Câmara.
Por enquanto são apenas especulações. Seja quem for o nome, a tarefa de expandir a internet de banda larga para o interior do país, rever a distribuição das verbas oficiais de publicidade e apresentar a proposta de regulação econômica das empresas de comunicação estará em suas mãos.
Theófilo Rodrigues é cientista político.
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