Depois dos aviões da FAB, cartão de crédito, secretárias e seguranças, o governo do presidente em exercício, Michel Temer, cortou o clipping diário de notícias da presidente afastada Dilma Rousseff.
O calhamaço azul apelidado de "mídia" com as principais notícias do dia
tem sido "contrabandeado" para o Palácio da Alvorada por aliados
remanescentes no Planalto.
Interlocutores afirmam que Dilma soube do corte da "mídia" por uma nota
na coluna "Radar", da revista Veja e ficou irritada. A petista teria
pedido a assessores que ligassem para o presidente da EBC, Ricardo Melo,
que se comprometeu a tentar restabelecer o envio do clipping.
"São tentativas de constrangimento, de criar obstáculos para a atuação
da presidente. É muito pequeno, muito mesquinho, que situações desse
tipo aconteçam", disse o ex-ministro da Justiça e ex-adovogado-geral da
União José Eduardo Cardozo.
Na terça-feira, 7, Dilma disse que o governo Temer tenta transformar o Alvorada em uma "prisão dourada".
Desde que deixou o Planalto a petista acusou diversas tentativas de, segundo ela, impedir sua movimentação política.
Demissão de secretárias, redução do número de seguranças, restrição do
uso de aviões da FAB apenas para voos até Porto Alegre, corte no cartão
de crédito usado para abastecer o Alvorada (já liberado) e diárias de
viagens de assessores têm tirado Dilma do sério.
Na semana passada, enquanto era entrevistada pelo jornal The New York
Times, a energia do Palácio caiu seis vezes. No sábado, 4, quando voltou
de uma viagem, faltou luz entre 21h e 23h. Segundo assessores, no
entorno do Alvorada o fornecimento de energia estava normal.
Em viagem a Belo Horizonte, assessores pagaram diárias de hotel do
próprio bolso. Com a limitação do uso de aviões, Dilma tentou ir em voo
comercial para Campinas, onde se encontra com intelectuais nesta
quinta-feira, 9, mas como haviam apenas quatro passagens disponíveis o
PT fretou um avião de sete lugares.
Nesta quarta-feira, 8, o deputado Jorge Solla (PT-BA) conseguiu aprovar
requerimento na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara
cobrando explicações do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, sobre
os cortes. Mas as "mesquinharias" são debitadas por Dilma na conta do
ministro da Secretaria de Governo, Gedel Vieira Lima.
A presidente afastada ficou especialmente irritada com a divulgação do
valor de R$ 62 mil gasto com despesas do Alvorada no último mês. "Parece
que os R$ 62 mil são só para mim", reclamou.
Na sexta-feira, 10, Dilma poderá finalmente usar um avião da FAB, que vai buscá-la em São Paulo e levá-la a Porto Alegre.
Governo Temer salta do anonimato para a rejeição - COLUNA DO ORION
A cinco dias de completar um mês de gestão, o governo substituto de Michel Temer (PMDB) não emplacou junto à população. Vários fatores contribuíram para isso, como desconhecimento, os consecutivos erros, com demissão de dois ministros e manutenção de outros 15 com ligações diretas ou indiretas com investigações criminais, a sensação de tibieza e os sustos provocados pela operação "Lava Jato", que investiga esquema de corrupção na Petrobras. É como se ainda não tivesse havido mudanças, pois a avaliação de Temer é próxima da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). De reprovação e rejeição, para ser mais exato.
Em resumo, Temer saltou do anonimato direto para a rejeição de mais de 50% dos brasileiros em pesquisas diferentes. Na da CNT/MDA, bateu 54,5% de reprovação Em outra sondagem, do instituto Ideia Inteligência, sobre o início do governo, foi identificado desânimo: 60% acham que a economia não piora, mas também não irá melhorar até o fim deste ano. Para 55% dos consultados, Dilma e Temer são responsáveis pelo atual descontrole da economia, em levantamento com 10.003 pessoas.
Feita a checagem da pesquisa, é de se notar que não dá para fazer um comparado entre um e outro. Primeiro, Temer não constituiu ainda um governo, é substituto, provisório e não mexeu com a vida das pessoas, dentre as quais a maioria também não se deu conta. O próprio Temer é desconhecido da maioria e está no poder há menos de um mês. Daqui a um ano, se for mantido no cargo, poderá receber uma avaliação mais realista do que as que foram apresentadas ontem. Ao contrário dele, Dilma tem um grau de conhecimento de 100%.
Ainda assim, percebendo a tibieza e patinação do interino, empresários que apoiaram o impeachment foram nessa quarta-feira ao Palácio do Planalto reafirmar o apoio a ele, além de cobrar a adoção de medidas de ajuste e reaquecimento da economia. Aumento de impostos foi rechaçado. "Não adianta aumentar os impostos", disse, avisou, advertiu o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, em fala endereçada ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "Se o governo precisa de arrecadação, a solução é o crescimento".
A cinco dias de completar um mês de gestão, o governo substituto de Michel Temer (PMDB) não emplacou junto à população. Vários fatores contribuíram para isso, como desconhecimento, os consecutivos erros, com demissão de dois ministros e manutenção de outros 15 com ligações diretas ou indiretas com investigações criminais, a sensação de tibieza e os sustos provocados pela operação "Lava Jato", que investiga esquema de corrupção na Petrobras. É como se ainda não tivesse havido mudanças, pois a avaliação de Temer é próxima da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). De reprovação e rejeição, para ser mais exato.
Em resumo, Temer saltou do anonimato direto para a rejeição de mais de 50% dos brasileiros em pesquisas diferentes. Na da CNT/MDA, bateu 54,5% de reprovação Em outra sondagem, do instituto Ideia Inteligência, sobre o início do governo, foi identificado desânimo: 60% acham que a economia não piora, mas também não irá melhorar até o fim deste ano. Para 55% dos consultados, Dilma e Temer são responsáveis pelo atual descontrole da economia, em levantamento com 10.003 pessoas.
Feita a checagem da pesquisa, é de se notar que não dá para fazer um comparado entre um e outro. Primeiro, Temer não constituiu ainda um governo, é substituto, provisório e não mexeu com a vida das pessoas, dentre as quais a maioria também não se deu conta. O próprio Temer é desconhecido da maioria e está no poder há menos de um mês. Daqui a um ano, se for mantido no cargo, poderá receber uma avaliação mais realista do que as que foram apresentadas ontem. Ao contrário dele, Dilma tem um grau de conhecimento de 100%.
Ainda assim, percebendo a tibieza e patinação do interino, empresários que apoiaram o impeachment foram nessa quarta-feira ao Palácio do Planalto reafirmar o apoio a ele, além de cobrar a adoção de medidas de ajuste e reaquecimento da economia. Aumento de impostos foi rechaçado. "Não adianta aumentar os impostos", disse, avisou, advertiu o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, em fala endereçada ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "Se o governo precisa de arrecadação, a solução é o crescimento".


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