Temer lança o “Menos Médicos”: típico de governo golpista


Presidente usurpador vai assinar decreto que proibirá a criação de novas faculdades de medicina no Brasil por pelo menos cinco anos


por Dilma Rousseff, no Blog da Dilma

O presidente usurpador decidiu assinar um decreto proibindo a criação de cursos de medicina no Brasil por um período de cinco anos.

É exatamente o contrário do que o Brasil precisa. O governo golpista está cometendo com este decreto um atentado contra a saúde da população.

O Brasil tem no máximo a metade do número de médicos de que necessita. E a esmagadora maioria dos milhares de médicos brasileiros em atividade trabalha nas capitais e nos grandes centros urbanos.

Quando criamos o programa Mais Médicos, que o governo golpista esvazia pouco a pouco a cada dia, 700 municípios brasileiros não tinham nenhum médico, 1.900 municípios tinham apenas um médico e outras tantas cidades só contavam com um médico alguns dias por semana.

Parte fundamental do programa Mais Médicos previa a formação de pelo menos mais 11 mil médicos até este ano, e isto se daria com a criação de cursos de medicina, privados e públicos, em municípios do interior que não recebiam atendimento adequado de profissionais de saúde.

Foi o que fizemos, criando cursos em 36 cidades que até então não tinham faculdades de medicina públicas ou privadas.

O Mais Médicos tratou de atacar o déficit de profissionais nas periferias das capitais e das maiores cidades brasileiras, no interior, nos departamentos de saúde indígena, nas comunidades quilombolas e nos assentamentos da reforma agrária.

Colocamos 18.240 médicos em unidades básicas de saúde, por todo o Brasil. Em 2015, o programa atendia uma população de 63 milhões de brasileiros que, se não fosse por isto, não teriam acesso a médico algum.

Contratamos 11 mil médicos cubanos e, por isso, somos gratos ao Governo e ao povo cubanos pela solidariedade. Contratamos também médicos de alguns outros países. Não havia número suficiente de médicos brasileiros para participar do programa e a maioria preferira ficar nas áreas onde já se concentravam.

Por isso, a importância de criar novos cursos e novas vagas para estudantes de medicina, sobretudo no interior.

Agora, aplicam a emenda do teto de gastos e cortam, sem dó nem piedade, os recursos para melhorar o atendimento à saúde da população, comprometendo o futuro do Brasil.

Ao mesmo tempo, gastam alguns bilhões com a compra de votos para lhes garantir a impunidade e outros tantos bilhões com a propaganda enganosa sobre o seu governo.

Nós fizemos o MAIS MÉDICOS, programa aprovado pela população atendida. O Governo golpista, fiel à sua vocação antipopular, coloca em prática o “Menos Médicos”.

PS de Conceição Lemes:


Em 2013, quando a presidenta Dilma criou o Programa Mais Médicos, o Brasil tinha 400 mil profissionais. A meta era chegar a 600 mil médicos, em 2026. Com isso, atingiríamos o patamar aceitável de 2,7 médicos por mil habitantes.

Para isso, porém, seria necessário abrir mais 11 mil vagas de graduação em medicina até o fim deste ano, 2017.

O governo Dilma autorizou ou iniciou processos de abertura de 75% dessas vagas.

Agora, com a proibição de novos cursos por, pelo menos, cinco anos, Temer abrirá mão das 25% restantes. Ou seja, aproximadamente 1.650 vagas.

Somando as vagas autorizadas e os processos de autorização iniciados pelo governo Dilma mais de 70 acidades do interior passaram a ter, pela primeira, cursos de medicina públicos ou privados.

Viomundo

Comentário(s)

-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;

Postagem Anterior Próxima Postagem

ads

ads