Como qualquer modelo de tabelamento mínimo, sempre que se tabela uma mercadoria, no capitalismo, o resultado é que o mínimo se torna máximo. O mesmo fenômeno se verifica nos gastos mínimos do governo, com diversas áreas sociais, como saúde, educação e outros, quando se estabeleceu o congelamento dos gastos por 20 anos.



O resultado será o nivelamento dos preços do frete, por baixo. Assim, companhias maiores terão como contratar caminhoneiros autônomos, revendendo a sua mão de obra pelo preço que conseguirem impor ao mercado. Quando essa recontratação precária não ocorrer, o menor será obrigado praticar a tabela mínima que, no máximo, cobrirá os custos do frete, achatando ainda mais os ganhos do caminhoneiro mais pobre.

Como as negociações do governo ocorreram com os patrões, o acordo foi profundamente desfavorável ao caminhoneiro menor, principalmente, no médio e longo prazo. Com as reduções do diesel sendo absorvidas pelo estado e preservando o mercado financeiro, a tendência é que as vantagens ao patrão tornem o frete do autônomo inviável, praticamente extinguindo a categoria.



Portanto, o cenário aos caminhoneiros não parece muito promissor no futuro próximo, já que a concentração em grandes transportadoras será inevitável, pelas características de obtenção do combustível. Vale lembrar, que as maiores empresas compram diesel direto da refinaria, pelo preço 50% menor. Com a concentração do setor, o pequeno terá como competir? Não.


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