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| A líder comunitária brasileira Maria do Socorro, presidente da Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama), de Barcarena, no Pará, sabe que corre risco de vida(Foto: Divulgação) |
Pelo segundo ano consecutivo, o país chega em primeiro lugar no balanço divulgado nesta terça-feira (24) pela ONG britânica. O ano de 2017, salienta a Global Witness, foi o mais violento para os defensores do meio-ambiente. A organização ainda lembra que 60% das 207 vítimas, identificadas em 22 países, estão na América Latina.
Segundo o relatório, ativistas foram executados por se oporem a projetos florestais, agroindustriais ou propostos por empresas de mineração. O balanço, diz a Global Witness, ainda está aquém da realidade, já que muitas dessas mortes não são declaradas. Entre as vítimas estão líderes locais, encarregados de proteger a flora e a fauna selvagens, ou “pessoas comuns”, que defendem suas terras.
No Brasil, o relatório cita o ataque à comunidade maranhense dos índios Gamela, em 2017, que deixou 22 feridos, incluindo crianças. Machetes e rifles foram usados para expulsá-los de suas terras. Em um verdadeiro ato de selvageria, alguns dos moradores tiveram suas mãos decepadas e outros sofreram tentativas de esquartejamento. Meses depois, ressalta a ONG, nenhum dos responsáveis foi julgado, “o que reflete a ampla cultura de impunidade e a falta de ação para defender os ativistas e comunidades”.
Segundo o relatório, “em vez de agir para acabar os ataques, o governo do presidente Michel Temer e o Legislativo estão enfraquecendo leis e instituições que protegem terras e os direitos dos povos indígenas. Ao mesmo tempo, eles facilitam a ações do grande empresariado, que não parece se incomodar com a devastação humana e ambiental perpetrada pelas suas atividades – que aceleram a exploração de ecossistemas frágeis”.
Colômbia está em 3° lugar
De acordo com a Global Witness, os ativistas não são as únicas vítimas dessa situação. Em todo o mundo, pessoas que lutam contra as grandes corporações, grupos paramilitares ou o próprio governo para preservar o meio-ambiente sofrem ataques ou são assassinadas. Em segundo lugar no ranking divulgado no relatório, liderado pelo Brasil, está as Filipinas, com 48 mortes – um recorde na Ásia. Em terceiro lugar está a Colômbia, com 24 mortes. Na África, 19 ativistas foram assassinados, 12 da República Democrática do Congo.RFI

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