
A determinação de prisão foi emitida na última quinta-feira (5), informa o site do jornal espanhol El País, e foi formalizada no dia seguinte à posse de Cristina como senadora. Ela nega as acusações.
"Esta ação é um grande disparate jurídico. O governo está por trás disto, porque querem um Parlamento submisso, onde os legisladores votem o que eles querem, mas comigo não vão conseguir. Vou representar os interesses de quem votou em mim, como sempre fiz”, defendeu-se Cristina em outubro passado, em depoimento ao juiz.
O judiciário argentino apura se o governo Kirchner articulou estratégia para deixar sem punição iranianos acusados de tramar atentado que, em 1994, devastou a sede do grupo beneficente judaico Amia, o que resultou em 85 mortos. Aliados da ex-presidente também sob investigação já foram detidos.
Ainda segundo o El Pais, o Senado se reúne a partir de 10 de dezembro para empossar os novos senadores. Como primeira missão, com prazo de 180 dias para que isso aconteça, eles terão que decidir se cassam o foro privilegiado de Cristina.
Ré em outros processos, a ex-presidente se elegeu à margem do peronismo e lidera um bloco de oito senadores, acrescenta o jornal espanhol. O grupo não é suficiente para impedir a quebra da imunidade, mas há a possibilidade de que senadores de outro campo político não acatem a recomendação judicial.
Foto: A Presidente da Argentina, Cristina Kirchner após a segunda sessão de trabalho da reunião do BRICS (José Cruz/Agência Brasil)
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