
Na sabatina da GloboNews, no programa chamado Central da Eleição, o candidato tucano Geraldo Alckmin defendeu, dentre outros programas de destruição do ensino público, o fim da pós-graduação gratuita. O candidato propunha ali, na TV Globo que em editorial de seu jornal defendeu abertamente o fim da educação superior gratuita, durante a histeria conservadora de 2016, o fim do “Injusto Ensino Superior Gratuito”. Se Alckmin tentou agradar o “patrão” não pegou muito bem e acabou perdendo grande parte do parco apoio acadêmico quem tinha, já que recentemente o possível fim das verbas para bolsas de pesquisa nas pós-graduações causou uma verdadeira comoção no meio científico, a solução tucana foi, simplesmente, acabar definitivamente com bolsa e a gratuidade.
“O primeiro passo seria cobrar toda a pós-graduação”, disse na ocasião.O fato representaria o fim das bolsas, já que a finalidade das bolsas é fazer com que o aluno pesquisador tenha disponibilidade total para dedicar-se à pesquisa científica própria do mestrado e do doutorado. Sem a gratuidade, as bolsas seriam usadas para pagar o curso, como ocorre nas instituições privadas, lambendo que quase não existe pesquisa científica relevante em universidades privadas, no Brasil, justamente por esse motivo.
Ontem, sexta-feira (10), Alckmin declarou em evento de campanha e que os cursos de pós-graduação já são cobrados na USP e explicou se tratar dos cursos lato-sensu. Tentando consertar, afirmou que irão apoiar o ensino superior mas, em relação aos cursos de pós, afirmou não ter nada contra. Uma observação é importante, quem não tem nada contra, também não demonstra ter nada a favor.
“Em relação a ensino universitário, nós vamos apoiar, e a pós-graduação não tem nada contra. O que eu coloquei é que alguns cursos especialmente de especialização não tem sentido não pagar”, disse.Vale lembrar que Alckmin já declarou inúmeras vezes ter “levado bomba” em suas tentativas de entrar em universidades públicas e, por isso, cursou medicina em Taubaté. Talvez surja daí, de sua frustração, esse comportamento de pouca consideração com as universidades públicas, bem como os universitários e acadêmicos dessas instituições.
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