A possível ausência de Lula transformou a eleição num espetáculo de selvageria.

Passamos a ver uma briga de cães famintos pelos despojos de um Brasil dilacerado e exausto pelo golpismo legitimado judicialmente.

Jair Bolsonaro e Geraldo Alckmin perderam todos os limites de um comportamento  decente.

Um posando para fotos com crianças com seus dedinhos a imitar uma arma.

Outro, a pretexto de ser “civilizado” , fazendo o jogo sujo de mostrar uma bala indo na direção da cabeça de uma menina, para chocar e, em tese, dizer que os problemas não se resolvem a bala.

Exceto os dele, claro, que tenta resolver sua pequenez eleitoral com a imagem de uma bala simulada a centímetros da cabeça de uma criança.

Não consigo ver nem mesmo Ratinhos ou Datenas apelando desta maneira.

Enquanto isso, nossos supremos juízes discutem se o rosto de Lula pode aparecer e sua voz pode ser ouvida.

Os crimes contidos em fazer apologia do uso de armas por crianças ou de contratá-las para figurar em cenas chocantes são bobagem, não vêm ao caso.

Até mesmo tratar os quilombolas como se fosse reses a peso são perdoáveis.

Promotores e juízes estão muito ocupados em preservar suas duas grandes conquistas: cassar Lula e incorporar seu gordo auxílio-moradia.

O Paulo Preto, com seus milhões na Suíça achados e contados, vai pegar “carona” na prescrição do caso contra José Serra.

Pode tudo, menos Lula falar, menos Lula aparecer, menos Lula ser candidato.


TIJOLAÇO

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