Divulgação/Facebook
Jair Bolsonaro e Hélio Negão em foto divulgada em fevereiro de 2016.

Deputado do PSL será julgado por racismo no STF nesta semana.


Reportagem da Folha de S.Paulo deste domingo (26) mostra que Jair Bolsonaro emprestou seu sobrenome a um candidato negro na tentativa de se blindar de acusações de racismo. Hélio Negão, como é conhecido o militar que tenta uma vaga na Câmara Federal pelo PSL, agora usa a alcunha Hélio Bolsonaro.

Nesta terça-feira (28), a 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decide se aceita denúncia de racismo contra o candidato à Presidência pelo PSL. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou Bolsonaro por uma declaração dada em 2017 no Clube Hebraica do Rio de Janeiro. "Fui num quilombola em Eldorado Paulista. Olha, o afrodescendente mais leve lá pesava 7 arrobas", afirmou ele à época.

O crime de racismo está previsto em lei de 1989 que trata de "conduta discriminatória dirigida a determinado grupo ou coletividade". É inafiançável e imprescritível. A pena é reclusão de 1 a 3 anos mais multa.

Bolsonaro costuma rebater o rótulo de racista ao dizer que seu sogro é negro — o "Paulo Negão", pai de Michelle Bolsonaro. Agora, conta com apoio do Hélio Negão Bolsonaro.


Reprodução/TSE - Hélio se candidatou a deputado federal em 2014, quando ainda não era Bolsonaro nem filiado ao PSL.


Hélio se apresenta como "irmão" e "negão do Bolsonaro" e adota o mesmo discurso do presidenciável.

"Vamos acabar com essa divisão de classe: preto contra branco, rico contra pobre, homo contra hétero", discursa. "Somos um Brasil só."



No Rio de Janeiro, os dois têm posado para fotos e gravado vídeos, fazendo gracejos juntos:



Hélio chegou a acompanhar Bolsonaro no debate da RedeTV!, integrando a comitiva de apoio ao presidenciável.

Ele também defende valores da família e o combate à violência no Rio.



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