Ricardo Stuckert

por Conceição Lemes

Tenho um amigo que diz que a vida é combate e não consórcio, onde se é contemplado ao final.

Por essa razão, ele argumenta, a luta diária é que nos forja, nos molda e nos leva além.


Não existe certeza de prêmio ou vitória ao final. Existe a luta diária.

Lula, que neste momento luta para ter os seus direitos respeitados e disputar a Presidência da República, sabe bem disso.

Fosse consórcio a vida, o ex-presidente poderia ter passado  nos últimos anos parte dos seus dias  ao lado dos netos e de dona Marisa, dando boas risadas e assistindo aos jogos do seu Coringão.

Além disso, se reunir mais Frei Chico, Vavá, Jaime, Tiana e demais irmãos e, de tempos em tempos,  com companheiros de outras batalhas para lembrarem as boas histórias vividas e conversar sobre o futuro.

Mas, só conversar, mesmo.

Lula poderia até se dar ao desfrute de descansar de suas longas e épicas jornadas.

Mas, como a vida é combate, e não consórcio, Lula faz o oposto.

Passa os dias pensando em como restaurar uma democracia que lutava para se consolidar.

Um Brasil que buscava soberania e lugar no mundo.

Um País que, pela primeira vez em cinco séculos de existência, apresentou para milhões de pessoas o sentido de duas palavras que os dicionários não conseguiam traduzir-lhes até então: dignidade e oportunidade.

Arrisco a dizer que, no Brasil, não há ninguém que conheça mais a sabedoria popular que Lula, e ninguém confia mais nela do que o líder operário.

A cada decisão intuitiva de Lula estão presentes décadas de aprendizado, de escuta do povo, de seus lamentos, sonhos e  frustrações.

Diferentemente do que alguns imaginam, o povo brasileiro conhece muito bem a perseguição sem limites a Lula e sua família. Afinal, todo dia enfrenta todo tipo de injustiça e luta bravamente para ser  “contemplado em seu próprio consórcio”, mesmo que por instantes.

O povo brasileiro sabe muito bem o que se passa com Lula.

Foi essa sabedoria de Lula que trouxe o PT em condições de competição na corrida eleitoral até agora.

A pressão de alguns setores “angustiados” em apresentar imediatamente Fernando Haddad ao País não leva em consideração o óbvio: as maiores virtudes de Haddad – se e quando substituir o ex-presidente na corrida presidencial – serão sua lealdade a Lula e ao povo brasileiro e a coragem para defendê-los.

Viomundo

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