Está clara a necessidade de formação de uma frente contra a ascensão do autoritarismo no país.

Se isso será possível ou não depende menos de Fernando Haddad do que dos demais agentes políticos.

É uma obviedade que ele não é um imprudente, que deseje dar um “cavalo de pau” nas regras econômicas.

E que nem o PT, com pouco mais de 10% da Câmara e menos que isso no Senado possa meter-se em alguma aventura legislativa.

Não desenha, portanto, nenhum projeto “petista” de poder e vai negociar cada passo. Fez isso expressamente em relação a Ciro Gomes, inclusive oferecendo um programa comum.

É Bolsonaro quem sinaliza um projeto imperial e tem os meios e a força para tentar colocá-lo em prática.

Quem, diante da perspectiva de sua eleição, ficar “neutro” corre o risco de ser tragado por um fracasso retumbante de um governos em estruturas políticas e dominado por um chefe cheio de poder e sua”entourage” cheia de ambição. Além de uma família “lotada” de poderes dados pelas urnas.

Portanto, na montagem do 2° turno, a decisão está mais com os candidatos – e eleitores – de centro, de saberem que tipo de risco querem correr e, sobretudo, dos riscos a que estão dispostos a lançar o país, com um “imperador da extrema direita”.

À esquerda, paciência com as puerilidades de quem não entende que, diante de uma ameaça às liberdades, é possível ir de borzeguins ao leito nesta necessidade de união. O PSOL, com maturidade, não entrou nessa e já anunciou seu apoio a Manuela D’Avila e Fernando Haddad.

Parecem claras duas coisas na entrevista que este concedeu em Curitiba.

Uma, que ele quer e se abre para esta grande concertação democrática, sem que ninguém seja obrigado a, por isso, assumir a defesa de Lula, o que lhe foi dito pelo próprio ex-presidente.

Segundo, que a sua campanha na TV será regada a povo, a debates (ou desafios para) e a projetos concretos, algo que falta a Bolsonaro.

Assista a entrevista de Haddad.





TIJOLAÇO

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