Fernando Frazão/Agência Brasil
Quando o futuro ministro da Fazenda + Planejamento não tem a mínima noção de como funciona o Estado Brasileiro e paga mico ao dizer a senadores que ele fará, sozinho, no ano que vem, o orçamento de 2019. Paulo Guedes não entende NADA do cargo que ocupará. Jorge Solla (PT-BA), deputado federal, no twitter, sobre o fundador do Instituto Millenium que governará o Brasil
O episódio constrangedor aconteceu no Congresso, quando um senador perguntou a Paulo Guedes se ele queria alguma mudança no Orçamento de 2019.
O futuro superministro de Bolsonaro disse que não, já que faria seu próprio orçamento ao assumir.
Como descrito na Globonews, recebeu então a explicação de que o Orçamento do ano que vem será aprovado agora, em 2018 — e assim sucessivamente.
Uma falta de conhecimento constrangedora para quem promete “drenar o pântano” deixado por sociais democratas e socialistas (PSDB e PT).
Um dos fundadores do Instituto Millenium, Paulo Guedes fala em “Mais Brasil e menos Brasília”.
Drain the swamp e More Main Street, less Wall Street são duas frases muito utilizadas nos Estados Unidos pelos neoliberais, ao menos desde os anos 80.
Drain the swamp foi retomado por Donald Trump ao longo de sua campanha à Casa Branca, em 2016.
More Main Street, less Wall Street refere-se à prioridade que deveria ser dada aos norte-americanos comuns, não aos banqueiros.
Main Street é o nome da rua central de milhares de pequenas cidades norte-americanas, a “rua principal”.
Wall Street é onde se concentram os grandes interesses financeiros, para os supremacistas brancos o lugar “dos judeus”.
O problema é que Paulo Guedes é banqueiro e Jair Bolsonaro, que o indicou, faz parte do pântano político brasileiro há quase três décadas, com os dois filhos.
Trata-se, portanto, de mera mistificação, de metáfora que permite jogar na lama todos os oponentes políticos.
Uma retórica que nos Estados Unidos tem quase 40 anos de idade, que a turma de Bolsonaro tenta usar agora como se fosse novidade.
Tristes trópicos.
Viomundo


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