O presidente Jair Bolsonaro (PSL) parece resistir à ideia de descer do palanque para governar para os brasileiros. Sem projeto claro, a não ser defender os privilégios das elites, ele insiste em desviar os olhares do desemprego ao eleger como prioridade o combate ao socialismo.

“Me coloco diante de toda a nação neste dia, como o dia em que o povo começou a se libertar do socialismo, da inversão de valores e do politicamente correto”, discursou na tarde de hoje (1º) no parlatório do Palácio do Planalto.

O socialismo, coitado, teve suas experiências frustradas com a queda do Muro de Berlim em 1989 e o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em 1991.

O anacronismo de Bolsonaro possui um delay (atraso) de 30 anos, no mínimo, mas o efetivo combate ao socialismo tal qual se propõe o novo presidente tem um quê de Macartismo tardio — o movimento anticomunista liderado pelo senador norte-americano Joseph Raymond McCarthy durante os anos 1950.

Antes, no discurso do Congresso, o capitão reformado do Exército mostrou seu viés ideológico de extrema-direita. “Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã, combater a ideologia de gênero, conservando nossos valores. O Brasil voltará a ser um País livre de amarras ideológicas”, disse.

Bolsonaro, vamos ao que realmente interessa: e como fica o combate ao desemprego de 14 milhões de brasileiros?

A fome, a miséria, a falta de perspectiva, a resolução do desemprego são urgentes e matam milhares. Isto é o principal. O resto é firula.


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