"Mesmo eleito pelo povo, o deputado não se sente seguro para assumir seu próximo mandato", diz partidoLUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS



Lideranças políticas e partidárias, movimentos sociais, juristas, intelectuais e artistas fazem ato "Tod@s Com Jean Wyllys: em defesa da democracia", em São Paulo

por Redação RBA 

São Paulo – Guilherme Boulos, Fernando Haddad, Manuela D’Ávila e Laerte Coutinho estão entre as personalidades que participam, nesta terça-feira (29), do ato público Tod@s Com Jean Wyllys: em defesa da democracia, promovido pelo Psol e pelo Centro Acadêmico Onze de Agosto, na Faculdade de Direito, no Largo São Francisco, centro de São Paulo, às 18h.

Juristas, lideranças políticas e partidárias, intelectuais, artistas e movimentos sociais reforçam o ato de apoio à decisão de Wyllys de abandonar o mandato de deputado federal, para o qual foi eleito em 2018 pelo Psol, e sair do país, em função das ameaças que vem sofrendo. Entre os presentes, segundo a legenda, os jornalistas Fernando Morais e José Trajano, Amelinha Teles e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil

“Entendemos que sua saída se dá por uma degradação da democracia nacional, já que, mesmo eleito pelo povo, o deputado não se sente seguro para assumir seu próximo mandato”, diz o Psol em seu site.

A liderança da legenda na Câmara recebeu, em menos de três dias, mais de quatro mil denúncias de ofensas, que serão apuradas judicialmente. O Psol criou um e-mail para concentrar as denúncias: denuncia.lidpsol@gmail.com.

O anúncio de Wyllys de que deixaria o país não arrefeceu os ataques. Pelo contrário. Desde a sua manifestação, uma série de notícias falsas foram disseminadas nas redes. Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (28), a liderança do partido na Câmara dos Deputados diz que, entre as fake news,as que alcançaram maior circulação são três.

Uma delas inventa que a Polícia Federal “descobriu” que Wyllys fez uma transferência de R$ 50 mil para a conta de um dos advogados de Adélio Bispo de Oliveira, autor do suposto atentado contra o então candidato Jair Bolsonaro.

“Obviamente a suposta transferência nunca existiu, nem há nenhuma investigação da Polícia Federal, Ministério Público Federal ou qualquer outro órgão público que envolva o deputado Jean Wyllys nesse episódio”, rebate o Psol.

Outro boato é de que Wyllys está ameaçado de morte por colegas de partido, por “saber demais” sobre o ataque a Bolsonaro. Segundo essa fake news, o deputado eleito poderia ser “eliminado” como queima de arquivo. “Não existe nenhuma investigação contra qualquer membro do Psol nesse sentido, e as patéticas fake news tentando associar Adélio Bispo de Oliveira ao partido foram suficientemente desmascaradas”, defende-se o Psol.

O Psol aponta que, “na mesma hora” em que os robôs virtuais associavam Wyllys a Adélio, o próprio presidente Bolsonaro tuitou uma mensagem nesse sentido: “Em 6 de agosto de 2013, o então filiado ao PSOL, esteve no anexo 4 da Câmara dos Deputados, como registra sistema/ (...) Usando o nome do antigo filiado ao PSOL, alguém registra presença na Câmara dos Deputados no mesmo dia da tentativa de assassinato. Álibi perfeito caso fugisse do local do crime; (...)"

Segundo observa o perfil “Monitor do debate político no meio digital”, no Facebook, o registro de que fala Bolsonaro foi um erro de um atendente ao fazer uma pesquisa para saber se Adélio já tinha estado no Congresso, o que também nunca ocorreu.

Na quinta-feira (24), “uma conta de Milene Reis, seguida por Carlos Bolsonaro e pelo assessor do presidente Filipe Martins, tuitou às 16:49: ‘Vídeo comprova que Adélio, ex-PSOL, visitava um deputado no Congresso”', informa o Monitor. “Quem pagou os advogados de Adélio?/ Moro vai investigar entrada de dinheiro da ditadura de Maduro no Brasil/ Maduro é deposto/ Jean Wyllys desiste do mandato e foge do país/ Coincidência? #VaiPraCubaJean", tuitou Milene. A postagem teve cerca de 1.400 retweets.

O boato foi disseminado na tarde do mesmo dia a partir das contas @peakebraga, @adrianotomasoni, @bolsoneas e @maryritalopes, com a hashtag #VaiPraCubaJean.

À noite, o ex-secretário nacional de justiça Romeu Tuma tuíta: "Essa história do Jean Wyllys tá muito estranha!!! Tem coelho nesse mato!"

Para o Psol, ao colaborar com a difusão dessas notícias, “o presidente da República se torna corresponsável por qualquer ato de violência contra Wyllys e seus familiares, vítimas de ameaças de morte, possam vir a sofrer”.

Uma terceira fake news “informa” que Wyllys desviou milhões de reais para movimentos sociais e ONGs, o que teria sido descoberto. “O deputado não tem nenhuma conta ou aspecto de sua atuação questionado, nem jamais fez qualquer ‘desvio’ financeiro desse tipo”, diz a liderança da legenda.

O músico Lobão foi um dos disseminadores que ajudaram a levar a hashtag #InvestigaJeanWyllys ao trending topics do Twitter no Brasil e instalar “a mentira abominável” do envolvimento de Jean com Adélio.




Rede Brasil Atual

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