"Bolsonaro deveria prestar atenção às lições da história: os políticos brasileiros que participam do Carnaval raramente triunfam. Como jornalista observou no Twitter, em 1961, o presidente Janio Quadros 'tentou regular o comportamento' no Carnaval, sob o slogan “‘Janio é a certeza de um Brasil moralizado'”. Quadros pode ter sido moralmente certo; ele também se demitiu depois de oito meses", diz o jornal.
"O tweet de Bolsonaro pode ter deixado o país inteiro sem palavras, mas seus motivos foram claros o suficiente. Primeiro, ele estava procurando demonizar o L.G.B.T. comunidade, uma população marginalizada que ocupou seus pensamentos e retórica desde que emergiu como um incendiário da direita ultraconservadora. (Em 2011, ele infamemente disse à revista Playboy que preferia que seu filho morresse em um acidente do que ser gay.) Agora que ele é presidente, essa mesma comunidade se viu na mira de sua administração", afirma.
A postagem de Bolsonaro ganhou repercussão negativa dentro e fora do Brasil. Em entrevista ao jornal O Globo, o jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do processo que resultou na deposição da presidente eleita Dilma Rousseff, afirmou que o post do presidente configura quebra de decoro e pode justificar a abertura de um processo de impeachment.
Segundo Reale, o chefe do Planalato pode ser enquadrado na lei 1.079 de 1950, que aponta crime contra a probidade na administração pública "proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo". "O que eu destaco é a absoluta desnecessidade de enviar este vídeo abjeto ao povo brasileiro para denunciar algo que tinha sido visto, previamente, por algumas centenas de pessoas", disse.

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