REPRESENTAÇÃO DA SONDA HAYABUSA 2 NO ASTEROIDE RYUGU (FOTO: AKIHIRO IKESHITA (C), JAXA)

Durante a madrugada desta sexta-feira, 5, a sonda Hayabusa2 liberou um pequeno pêndulo explosivo em direção ao asteroide Ryugu. Após meses de preparação, a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão, JAXA, conduziu esse procedimento de maneira remota, na sala de operações localizada na Terra. Transmitida em tempo real, a missão demorou horas e foi repleta de tensão: ao final, os responsáveis pelo projeto comemoraram muito.

Toda a operação recebeu o nome de "Operação do Pequeno Impactor de Carga" e tinha como principal objetivo entender melhor o interior de um asteroide, assim como a origem do Sistema Solar e da vida na Terra. Para isso, a JAXA decidiu criar uma cratera no Ryugu e coletar algumas amostras.

Durante toda a madrugada, milhares de pessoas acompanharam, com apreensão, a confirmação da agência espacial japonesa de que a missão havia sido concluída com sucesso. No Twitter, às 03:38 da manhã (horário de Brasília), a JAXA escreveu que a câmera DCAM3 havia fotografado com sucesso o momento que o explosivo colidiu com o asteroide.

“Este é o primeiro experimento de colisão do mundo com um asteróide! No futuro, examinaremos a cratera formada e como o ejetor se dispersou”, escreveram.

Após ter lançado o explosivo, a Hayabusa2 recuou para trás do asteroide por segurança. Com as imagens, os pesquisadores esperam entender melhor do que exatamente o asteroide Ryugu é feito.

Aos poucos, a sonda japonesa retornará à sua posição inicial, a cerca de 20 quilômetros do asteroide. Ainda não se tem informações sobre o tamanho da cratera artificial criada no asteroide. Antes da missão, os pesquisadores previam uma cratera entre três e 10 metros de diâmetro, a depender do material da superfície de Ryugu — que está a 300 km da Terra.

Esta não é a primeira vez que uma missão espacial é conduzida na tentativa de explodir um asteroide. Em 2005, o projeto Deep Impact, da NASA, criou uma cratera artificial em um cometa, porém, na época, foi pensada apenas para fins de observação.




Galileu

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