Foto: Rogério Melo/PR
Por Luiz Roberto Alves
A maioria dos dirigentes do país, hoje, não é composta de evangélicos, laicos, crentes, meio a meio, fiéis ou gentios; é, sim, terrivelmente ignorante. Mas não se trata da ignorância de conteúdos escolares ou da condição social de exclusão, marca registrada do Brasil. Trata-se da ignorância como afirmação de supostas verdades associadas à negação dos “outros”, suas ideias e suas propostas. Se o presidente do país e a gente que o bajula têm prazer em anunciar o terrível disso ou daquilo sob conotação de coisa boa, cabe a nós, que sofremos seus disparates e maluquices anunciar sua farta ignorância, aquela ausência profunda de conhecimento associada a nenhum desejo de conhecer. Pior, a impressão disparatada de que já sabem tudo. Como agentes públicos, parece que imaginam poder carregar o país com o que sabem.
Mas não carregarão. Somente destruirão acúmulos de valores, pesquisa, estudo, trabalho, riqueza cultural, criações étnicas e biodiversidade. Não será pouco. Irá muito além das cadeiras de segurança para crianças em viagem, liberação de multas, fim das taxas em Noronha, privatização das instituições federais de educação ou a retirada de crianças da escola para o trabalho ou para a morte. No meio disso tudo, o senhor Jair Messias rirá, brincará, demonstrará prazer e estimulará a piora de tudo o que ele e seus bajuladores ignorantes sabem fazer. Depois de algum tempo – que não demore! – sairão de cena, porque um povo não pode ser mantido na ignorância por tanto tempo.
Revista Fórum
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