
O partido de Jair Bolsonaro, PSL, está rachado em relação à Reforma da Previdência. Por mais que o partido, como um todo, esteja favorável à Reforma, o núcleo de deputados ligados à polícia entrou em conflito com o governo por conta da incorporação de policiais nas alterações do projeto.
Na semana passada, grupos de policiais foram ao Congresso e chamaram Bolsonaro de traidor. Os policiais continuam circulando nos corredores da Câmara pressionando os deputados do PSL para votarem contra a medida que inclui os policiais. Além disso, a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), também foi chamada de traidora.
A crise é imensa, pois cerca de 22 deputados dos 54 do partido se elegeram com uma base policial e agora estão procurando atender aos interesses da categoria que representam. A crise, porém, não se resume apenas ao Congresso. A base bolsonarista está se esfacelando pouco a pouco; a política de ataques de Bolsonaro o fez perder apoio de um setor da classe média, e agora, dos policiais.
Bolsonaro, portanto, necessita de uma manobra, pois a burguesia é contra as regras mais suaves para policiais pois isso significaria diminuir o lucro conquistado pelo roubo da aposentadoria.
Cálculos feitos pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que quer aprovar custe o que custar a reforma, afirma que no mínimo 15 deputados do PSL podem votar no destaque que altera as regras para policiais.
O governo propôs aos policiais federais uma proposta de idade mínima para aposentadoria de 52 anos para as mulheres e 53 anos para os homens. Mas mesmo assim os policiais recusaram, já que querem as regras atreladas às da Forças Armadas, que será analisada na segunda etapa da Câmara, mas que tudo indica que serão retirados da Reforma.
Um deputado do PSL, Felício Laterça, do Rio de Janeiro, declarou: “Precisamos entender a diferença de certas categorias. Vou bater nessa tecla até eu morrer”. E afirmou que irá votar como oposição, caso seu partido não apresente alteração para os policiais.
Já o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), André Gutierrez, declarou que o partido já está rachado.
“O PSL já rachou e só não mostraram isso”, disse o policial.
Por isso, é preciso aproveitar a crise do governo, e o racha interno do partido e do próprio governo Bolsonaro, para derrotar de uma vez por todas a Reforma da Previdência. Sair às ruas nos dias 10 e 12 nos atos convocados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). É um momento fundamental para exigir a derrubada do governo fraudulento, e exigir a convocação de novas eleições, com Lula candidato.
Diário Causa Operária

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