Para quem ainda avalia que a fase de expansão de exploração do setor petróleo e gás tenha a ver com o esquartejamento e venda (entrega) - em fatias - da Petrobras no Brasil, observe a newsletter de julho, divulgada hoje, pela importante consultoria do setor de óleo & gás, a norueguesa Rystad Energy.
A Rystad mostra no gráfico abaixo os indicativos da retomada dos projetos de exploração offshore de petróleo no mundo, mostrando que em 2019, os patamares já estão acima daqueles de 2010 e próximo dos patamares do pico na fase boom do setor entre 2011 e 2013, mesmo que gora em 2019, os preços do barril esteja na faixa dos US$ 60, o barril.
Ou seja, o Brasil e os golpistas entregaram a joia da coroa a preço vil, num período de baixa, na fase de colapso de preços do ciclo petro-econômico.
De agora em diante, se avança para nova fase de expansão do setor em todo o mundo, só que o Brasil desintegrou toda a sua cadeia produtiva desse setor estratégico, entregando vários ativos que vão dos campos de petróleo (pré-sal), malhas de dezenas de milhares de quilômetros de oleodutos e gasodutos, todo o setor de gás natural (o combustível estratégico da transição energética), as refinarias, complexos petroquímicos e a imensa rede de distribuição dos derivados para consumo (BR Distribuidora) para os oligopólios e fundos financeiros estrangeiros.
Não há discurso do mercado que esconda essa realidade. Durante os próximos 30/40 anos, mesmo com toda a expansão dos renováveis, o petróleo ainda seguirá estratégico. Em 2030, o Brasil será o 4º maior produtor mundial de petróleo (segundo dados da ANP), mas estará mais dependente que antes do controle externo das corporações globais. Estas hoje, já impõem ao Brasil, exportações de óleo cru de cerca de 1,5 milhões de barris por dia e importação de mais de 1 milhão de barris de derivados e combustíveis (em especial diesel) do exterior e de forma mais expressiva das refinarias dos EUA.
Não há como naturalizar e nem aceitar tudo isso.
Blog do Roberto Moraes
A Rystad mostra no gráfico abaixo os indicativos da retomada dos projetos de exploração offshore de petróleo no mundo, mostrando que em 2019, os patamares já estão acima daqueles de 2010 e próximo dos patamares do pico na fase boom do setor entre 2011 e 2013, mesmo que gora em 2019, os preços do barril esteja na faixa dos US$ 60, o barril.
Fonte: Rystad Energy, newsletter, julho 2019.
De agora em diante, se avança para nova fase de expansão do setor em todo o mundo, só que o Brasil desintegrou toda a sua cadeia produtiva desse setor estratégico, entregando vários ativos que vão dos campos de petróleo (pré-sal), malhas de dezenas de milhares de quilômetros de oleodutos e gasodutos, todo o setor de gás natural (o combustível estratégico da transição energética), as refinarias, complexos petroquímicos e a imensa rede de distribuição dos derivados para consumo (BR Distribuidora) para os oligopólios e fundos financeiros estrangeiros.
Não há discurso do mercado que esconda essa realidade. Durante os próximos 30/40 anos, mesmo com toda a expansão dos renováveis, o petróleo ainda seguirá estratégico. Em 2030, o Brasil será o 4º maior produtor mundial de petróleo (segundo dados da ANP), mas estará mais dependente que antes do controle externo das corporações globais. Estas hoje, já impõem ao Brasil, exportações de óleo cru de cerca de 1,5 milhões de barris por dia e importação de mais de 1 milhão de barris de derivados e combustíveis (em especial diesel) do exterior e de forma mais expressiva das refinarias dos EUA.
Não há como naturalizar e nem aceitar tudo isso.
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