Na capa de O Globo, Jair Bolsonaro reclama que sua família, especialmente seu irmão Renato, dono de lojas de móveis no Vale do Ribeira, está sendo vítima de “uma devassa” pela Receita Federal.
Se a está sofrendo por “crime de parentesco”, está errado e aqui não se usa o cínico “quem não deve não teme”, tão a gosto dos bolsonaristas quando acusam a esquerda.
Em matéria de investigação sobre parentes, ninguém passou mais por isso que o ex-presidente Lula, cujos filhos, irmãos e sobrinhos foram tornados suspeitos de tudo e mais um pouco ainda.
Mas o jornal não conta toda a história.
Não recorda os leitores que, do irmão Renato que agora protege, Jair Bolsonaro já disse, em 2016 que “praticar algum crime, fizer alguma besteira, é problema dele”.
—Pau nele, pra deixar de ser otário (…) Não vai ter nenhum apoio. Ele que se exploda.
Na ocasião, descobriu-se que, sem sair de Miracatu ou do controle de suas lojas, Renato era funcionário fantasma, assessor especial do deputado estadual André do Prado (PR) na Assembleia Legislativa de São Paulo, a mais de 2 horas de viagem.
Ganhava R$ 17 mil por mês para assombrar o gabinete.
O que mudou de lá para cá? O irmão, agora presidente, vai dar apoio ao que não dava, quando não havia sido eleito?
Essa história está parecendo uma espécie de “habeas corpus preventivo” contra alguma coisa que Bolsonaro sabe estar pronta para surgir.
E quando a isso, para usar suas palavras, “que se exploda”.
TIJOLAÇO

O Reino da Impunidade
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