“Eu acho que está na hora de a Procuradoria tomar providências em relação a isso", disse o ministro do STF, após descobrir que Deltan Dallagnol tentou implicá-lo em investigação envolvendo Paulo
Jornal GGN – Após o El País revelar nesta terça (6) que Deltan Dallagnol incentivou pedido de cooperação internacional com a Suíça na tentativa de associar Gilmar Mendes aos esquemas de corrupção envolvendo Paulo Preto, operador do PSDB e ex-presidente da Dersa, o ministro do Supremo Tribunal Federal reagiu culpando a Procuradoria Geral da República por falta de contenção dos desmandos.
“Eu acho que há um grave problema de gestão [no Ministério Público Federal], sem dúvida nenhuma, que isso está revelando”, comentou o ministro em entrevista divulgada pela Folha de S. Paulo.
Segundo Gilmar, as conversas de Telegram vazadas a partir do Intercept Brasil “é revelação de um quadro de desmando completo. Revela a gestão da PGR, e certamente vamos ter ainda surpresas muito mais desagradáveis. Temos que reconhecer que as organizações Tabajara estavam comandando também esse grupo [de investigadores de Curitiba]”, disse.
O El País revelou que as conversas de Telegram, de 2019, dão conta de que Dallagnol tinha a intenção de, no mínimo, obter a suspeição de Gilmar Mendes e afastá-lo de casos envolvendo a Lava Jato. A outra meta do procurador era que o ministro sofresse processo de impeachment. Para isso, pensou em levantar informações contra Gilmar e entregar à imprensa, além de aguarda que o Ministério Público suíço enviasse para Curitiba informações que supostamente atingiriam o magistrado.
“Eu acho que está na hora de a Procuradoria tomar providências em relação a isso. Tudo indica, à medida que os fatos vão sendo revelados, que nós tínhamos uma organização criminosa para investigar. Portanto, eles [procuradores] partem de ilações absolutamente irresponsáveis”, comentou Gilmar.
GGN

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