Os tiros do inspetor que se apresenta como Alberto e postou as imagens no Instagram (ver vídeo acima) foram repudiados nas redes sociais.
Ele se apresenta como policial civi, assessor parlamentar, cristão, armamentista e olavista.
É de Fortaleza, no Ceará.
Ele atirou numa foto do ex-presidente Lula a propósito de dar um exemplo ao ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, de como se deve fazer para se livrar da frustração.
Janot, como se sabe, pretendia matar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e depois cometer suicídio.
O narcisismo dos bolsonaristas é algo óbvio.
Eles valorizam o choque de maneira calculada.
O ano que vem está aí e é possível que o inspetor esteja pensando em ser candidato a vereador em algum lugar do Ceará.
O microcosmo do PSL em que ele convive é um bom exemplo do partido que serviu de veículo ao presidente Jair Bolsonaro.
É um ajuntamento de antipetistas e outros oportunistas.
Heitor e André brigam para ver quem puxa mais saco do Mito. Reprodução redes sociais
Ele assumiu a direção estadual do partido e passou a atropelar “aliados”.
Dois deles, os deputados estaduais André Fernandes (o youtuber que causava nas redes sociais e teve mais de 100 mil votos) e Delegado Cavalcante passaram a enfrentá-lo.
Denunciaram Heitor ao Diretório Nacional e pediram a intervenção no PSL estadual.
O atirador do vídeo é assessor de André.
Heitor é acusado, entre outras coisas, de indicar para presidir o PSL de Massapê, uma cidade do interior do Ceará, um homem condenado a usar tornozeleira eletrônica por apropriação indébita.
Em sua defesa, disse que não sabia do fato e mostrou um vídeo em que o homem, Diego Cavan Marques, celebra a eleição ao lado de André Fernandes, em cima de um carro de som.
O deputado estadual se defendeu dizendo que gravou vídeos e tirou fotos com milhares de pessoas e alega ter rompido com o presidente do PSL cearense por outros motivos, todos ligados à corrupção que os bolsonaristas dizem combater.
Um deles é que Heitor Freire usou verba pública para pagar o aluguel mensal de 11 mil reais da loja que está em nome de sua mãe, Josefa Pereira Freire, a Lumen Lights, em Fortaleza.
A terceira acusação é de que Heitor teria promovido a candidatura laranja de Gislani Maia a deputada estadual.
Ela recebeu R$ 143 mil do fundo partidário, mas teve apenas 3.501 votos.
O dinheiro foi repassado dois dias antes da eleição e transferido em seguida para três gráficas.
Gislani e Heitor foram os únicos candidatos do PSL a desfrutar do fundo partidário no Ceará.
Esta é a explicação para a obsessão de Bolsonaro e sua turma por Lula e o PT: o antipetismo ainda tem o poder de tirar uma quantidade razoável de eleitores do mundo real do emprego, do salário e da segurança pública e transportá-lo para o universo onde o procurador-geral da República entra armado na sede do Supremo Tribunal Federal e faz “justiça” com as próprias mãos, feito um zorro de pornochanchada.
Enquanto isso, no mundo real os homens de Bolsonaro se matam pelo poder.
Viomundo
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