Quer entender, de forma simples, inexatas mas não irreal o que querem dizer estes números aí de cima, da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar, a mais completa pesquisa do IBGE depois nos Censos Populacionais, mostrando o quanto piorou a distribuição de renda no Brasil?
Imagine se uma empresa formasse no pátio todos os seus 100 funcionários divididos em grupos pelo salário que recebem e o gerente anunciasse que este ano havia mais dinheiro para distribuir entre eles do que no mês anterior.
Aos 10 fulanos que ganhasse menos, ele anunciaria, porém, que receberiam 5 reais a menos. Aos 20 trabalhadores seguintes, que ganham no máximo um salário mínimo, avisasse que teriam direito a 10 reais a menos que no mês anterior.
Daí em diante, o como o dinheiro fosse mais fato do que no mês passado, iam caindo mais uns trocados, coisa pouca, mas cada vez maiores, quanto maiores fossem os salários e rendas.
Até que se chega no maioral, que já ganha 34 vezes a média da “metade de baixo” da empresa, um “miserê” igual ao daquele infeliz procurador de Minas e se dá a ele um “paco” de dinheiro com o que ele ganhava antes e mais R$ 2.150.
Bom, ia ter um tremendo bafafá neste pátio, com a peãozada revoltada com essa sacanagem.
Como não estamos no pátio, não estamos vendo o dinheiro e números do IBGE não têm a cor e o jeito do dinheiro, fica tudo na calma.
Ainda mais que o pessoal da “meiúca” acha isso natural e os que se dizem mais sabidos que os outros falam que isso até é bom, porque estimular aquele felizardo a continuar tocando o negócio. Afinal, seguindo a teoria neoliberal que Jair Bolsonaro traduziu recentemente, melhor ganhar 150 reais por mês do que nenhum real, talquei?
Note bem que, ainda que posto em caricatura, isto é uma monstruosidade.
Que, infelizmente, não toca o coração de uma elite dirigente que, dia sim e outro também só pensa em tirar mais dos pobres.
Postar um comentário
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;