Por Hora do Povo Publicado em 28 de outubro de 2019


Martinez da Frente Ampla, denuncia risco de arrocho que os candidatos do neoliberalismo representam. Martinez foi o mais votado no primeiro turno, mas deve haver segundo turno - Geonotícias

Às 19:30 da noite, quando foram fechadas as urnas no Uruguai, já havia uma certeza: que o candidato Daniel Martínez, da Frente Ampla, era o ganhador, mas que a votação não lhe alcançava para impor-se no primeiro turno. Com os dados das pesquisas anunciados pelas consultoras Factum e Equipos Consultores, Martínez obtinha 39,9% dos votos, frente a Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional (Blanco), que obtinha 29%. Em terceiro lugar, estavam o Partido Colorado com Ernesto Talvi (12,5%) e o ultra-direitista Guido Manini Ríos (10,7%).

Envolto em uma bandeira do Uruguai, Martínez, ex-prefeito da capital, Montevidéu, disse: “A força mais importante do Uruguai se chama Frente Ampla. É a aposta nas certezas, na estabilidade, ao trabalho e não a aposta no ajuste, com um destino incerto”, afirmou.

Segundo as leis eleitorais no Uruguai, para ganhar no primeiro turno é necessário que um candidato obtenha 50 % mais um dos votos. Do contrário, os candidatos que ocupem os dois primeiros lugares irão a uma segunda votação, que neste caso está programada para o 24 de novembro próximo.

O economista Alberto Couriel, que foi durante 25 anos senador da FA, assinalou que enquanto a coalizão que apóia Daniel Martínez sempre se preocupa pelo gasto social, o emprego e a saúde, a direita só pensa no déficit fiscal. “A direita vê o déficit fiscal como se representasse todos os males do mundo. Já conhecemos as experiências de Macri, Bolsonaro e Piñera. A direita, quer implementar um arrocho clássico: cortar o gasto, o que leva a uma menor demanda interna e à queda do salário real”, assinalou.

No domingo votou-se ainda um plebiscito apresentado por setores do Partido Nacional que propunha uma reforma constitucional de corte repressivo como suposta solução para a insegurança vivida pelos uruguaios. Mas, segundo as pesquisas, a plataforma “Viver sem Medo” não conseguiu seus objetivos e não atingiu 50% dos votos para introduzir medidas como a pena de reclusão permanente e a criação de uma Guarda Nacional, tipo milícia, entre outras


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