Reprodução redes sociais
Da Redação
O compartilhamento foi feito pelo senador Humberto Costa (PT-PE), no twitter.
Um vídeo simbólico.
O hoje senador Flávio Bolsonaro discursa de maneira contundente contra a corrupção.
Hoje ele é investigado no MPE-RJ, no MPF e na Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, sob suspeita de enriquecimento ilícito, de desviar salário de assessores e de declarar propriedades abaixo de seu valor real.
O assessor de Flávio, Fabrício Queiroz, aparece atrás dele durante o discurso. Queiroz é réu confesso.
Confirma que praticou a “rachadinha”, ou seja, desviou dinheiro público do salário de assessores de Flávio e utilizou para beneficiar o mandato do patrão.
Queiroz não admite que os funcionários eram fantasmas, mas há indícios disso, como no caso da mãe e da esposa do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-capitão do BOPE, o Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio de Janeiro, que está foragido.
Adriano é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Pedro Gomes.
Raimunda e Danielle, mãe e esposa do miliciano, trabalharam no gabinete de Flávio até 13 de novembro de 2018, quando foram exoneradas.
Isso, apesar de Adriano ter sido oficialmente expulso da PM do Rio de Janeiro em 30 de dezembro de 2013.
Ou seja, os Bolsonaro tiveram cinco anos para “descobrir” que Adriano era acusado pela própria corporação de servir a contraventores — a suspeita é de que foi matador de aluguel na disputa pelo espólio de um bicheiro.
Adriano mereceu duas homenagens do deputado estadual Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, um discurso de Jair Bolsonaro em sua defesa na Câmara Federal e a presença do Mito no julgamento em que foi condenado pelo homicídio de um flanelinha — sentença depois revertida.
É muito empenho de uma família na defesa de um policial militar!
Adriano desenvolveu amizade com Fabrício Queiroz quando ambos serviram à PM no mesmo quartel, em Jacarepaguá.
Fabricio é amigo de 30 anos da família Bolsonaro. Quando passou a chefiar o gabinete de Flávio na Alerj, contratou a esposa e a mãe do colega agora foragido para ganhar salários polpudos (R$ 5.124,00 mensais cada).
Danielle ocupou a vaga de novembro de 2010 a novembro de 2018, ou seja, oito anos, durante os quais “levantou” cifra superior a 500 mil reais.
A investigação que poderia esclarecer se ela e a mãe do miliciano, Raimunda, de fato trabalharam na Alerj, está suspensa por determinação do STF, assim como todas as outras que tiveram origem em relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) — como o que mostrou movimentações atípicas na conta bancária de Fabrício Queiroz.
No discurso do combatente da corrupção Flávio Bolsonaro, com Queiroz ao fundo, também aparecem outros grandes defensores da moral, como o Major Olímpio e o Delegado Francischini.
Não é possível determinar se o juiz federal Sergio Moro ou o general Villas Bôas viram este vídeo inspirador.
Moro, agora no papel de ministro da Justiça, provavelmente não viu, uma vez que a Polícia Federal agiu contra o presidente do PSL, partido do presidente da República, em Pernambuco, depois que Luciano Bivar se tornou inimigo de Jair Bolsonaro.
Mas a mesma PF não foi atrás de Fabrício Queiroz, nem conduziu de forma coercitiva o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que mesmo denunciado pelo MPF sob suspeita de comandar o laranjal do PSL em Minas Gerais, continua despachando normalmente em Brasília.
E esse povo maldosamente fala em combate seletivo à corrupção…
Viomundo

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