Por Hora do Povo Publicado em 21 de novembro de 2019
Reprodução
Pinochet foi o responsável pelo banho de sangue que matou mais de 3 mil pessoas, torturou outros 38.000 cidadãos chilenos e levou outros 100 mil ao exílio.
O deputado não teve coragem de tornar pública a sua bajulação criminosa, quando, no início do ano, sorrateiramente reservou o Auditório Paulo Kobayashi para reverenciar Pinochet. Covardemente, como fazem os fascistas, ele escondeu o nome do assassino chileno que ele pretendia bajular.
Registrou o evento no calendário do Legislativo para o dia 10 de dezembro de 2019 usando a abreviação do sobrenome Augusto Pinochet: “Ato Solene em Memória do Presidente Augusto P. Ugarte”, disse ele, em seu disfarce.
Foram mais de 3 mil mortos e 40 mil torturados a mando de Pinochet
“Ele foi um sanguinário e torturou. Não merece ser comemorado de forma nenhuma. Não combina com a tradição democrática da Assembleia de São Paulo. Não combina com os valores do povo paulista. Não é modelo, não referência. Quem é contra a democracia não deve ser homenageado. Esta homenagem é simplesmente uma vendeta política, uma tentativa de aparecer que nada traz a São Paulo, nada traz à democracia”, acrescentou Jardim.
A apologia aberta do regime fascista e dos assassinatos em massa, feita pelo deputado bolsonarista em seu intento de defender um criminoso como Pinochet, não pode e não deve ser tolerada pela sociedade.
A decisão do presidente da Alesp, Cauê Macris (PSDB), anunciada na quarta-feira (20), de cancelar a realização desta verdadeira afronta à democracia, foi bem recebida.
Homenagear assassinos, além de tentar enganar a Alesp, para tentar legitimar os crimes de Pinochet, no entanto, deve ser punida não só com o cancelamento do ato, mas também com a perda do mandato do parlamentar que fez a proposta indecente.
A Assembleia Legislativa de São Paulo, com a tradição democrática, não pode ser tolerante com a presença de um fascista que defende abertamente a ditadura, os assassinatos, a tortura e o fechamento do parlamento.
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| Estádio que tinha sediado a Copa do Mundo de 1962, virou um campo de concentração |
“Uma Casa de Leis que representa o povo jamais deve homenagear uma pessoa que reconhecidamente cometeu crimes contra a humanidade”, enfatizou o parlamentar, repudiando a proposta de realização da homenagem feita pelo deputado estadual Frederico d’Avila (PSL).
Frederico D´Ávila foi outro bolsonarista que afrontou as Forças Armadas do Brasil, assim como fez também o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao atacar a figura do Marechal Deodoro e defender a volta da monarquia.
O deputado, assim como o ministro, publicou no último dia 15 que não havia “nada para comemorar” em relação à Proclamação da República. “Dia do golpe”, escreveu o parlamentar fascista, que se diz monarquista. Tanto um quanto outro são adeptos, não só da volta da monarquia, como também da escravidão.
O deputado paulista foi também responsável pela publicação de um vídeo mentiroso tentando induzir o espectador a acreditar na baboseira que disse Jair Bolsonaro, há algum tempo, sobre o pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.
Bolsonaro inventou que Fernando Santa Cruz, teria sido morto por seus companheiros. O pai de Felipe foi assassinado sob tortura a mando da ditadura implantada no país em 1964 e reverenciada por Bolsonaro e pelo próprio Frederico D´Ávila. Este espalhou o fake news endossando o que Bolsonaro tinha dito e, depois, foi obrigado a se retratar através de uma errata.
Hora do Povo




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