© REUTERS / Luisa Gonzales

Após sete dias de protestos, a Colômbia não apresenta sinais de melhora e deixa claro o fracasso dos acordos de paz entre o governo e os líderes sociais.

As medidas econômicas fazem com que o presidente, Iván Duque, seja desaprovado por 62% da população, o que está fortalecendo o pedido de renúncia do líder colombiano, principalmente devido ao cenário de violência e descumprimento dos acordos de paz, bem como os anúncios e projetos econômicos.

O economista colombiano Manuel Martínez, doutorando em economia e pesquisador do Centro de Estudos de Situação Econômica (CECON), da Universidade Estadual de Campinas, afirmou à Sputnik Mundo que acredita que toda essa situação esteja ligada aos atuais problemas internos e externos.




"A Colômbia vem passando por um processo muito profundo de reformas de liberalização comercial, econômica e de flexibilização do trabalho desde a década de 90 e se aprofundou nos anos 2000", explicou.

Na Colômbia, essas reformas liberais se aprofundaram com o respaldo do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e posteriormente, com o da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, ressaltou o especialista.

"Hoje, a Colômbia é um país que, apesar de ter um crescimento relativamente alto com relação à América Latina, seus resultados estão totalmente vinculados à absorção do capital financeiro que mantém sua rentabilidade a partir de capital fictício", adicionou.
Além desses problemas, o país ainda enfrenta a taxa de desemprego que passou de 10% da população. Já 44% dos trabalhadores ganham menos de um salário mínimo por mês, segundo a ministra Alicia Arango.

Ou seja, essas decisões teriam conduzido o país ao atual cenário. Mesmo apresentando um crescimento trimestral superior ao da média da região, o país não melhorou a qualidade de vida da população.



Sputnik Brasil


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